Pular para o conteúdo
Brasil

Fux defende prisão de delatores da JBS

Acredita que eles engaram o MP
Arquivo -

Acredita que eles engaram o MP

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux disse nesta quarta-feira (6) que os delatores da JBS deveriam passar do “exílio nova-iorquino para o exílio da Papuda”, fazendo referência ao presídio localizado no Distrito Federal.

A dura crítica do ministro foi feita na abertura de sessão da Corte, a primeira após a decisão da PGR (Procuradoria-Geral da República) de abrir processo de revisão do acordo de colaboração de Joesley Batista, Ricardo Saud e Francisco e Assis e Silva, delatores ligados à empresa.

Para o ministro, as gravações que vieram à tona mostram que os delatores enganaram o Ministério Público e a sociedade.

“Eles ludibriaram o Ministério Público, eles degradaram a imagem do país no plano internacional, eles atentaram contra a dignidade da Justiça e eles revelaram a arrogância dos criminosos de colarinho branco. De sorte que eu deixo ao Ministério Público a opção de fazer com que esses participantes dessa cadeia criminosa, que confessaram diversas corrupções, que eles passassem do exílio nova-iorquino para o exílio da Papuda”, disse.

O ministro Celso de Mello, decano na Corte, também fez um desagravo a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, que determinou na terça-feira (5) que a Polícia Federal investigue citações indevidas a ministro do tribunal nas conversas dos delatores.Fux defende prisão de delatores da JBS

“As graves insinuações que transparecem dos diálogos mantidos por determinados agentes colaboradores, mostram-se, tais insinuações, impregnadas de elementos que, se não forem cabalmente esclarecidos, culminarão por injustamente expor esta Corte e os magistrados que ela integram ao juízo severo, ao juízo inapelável da própria cidadania”, disse Mello.

Ontem , a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, informou, em nota, que pediu à PF (Polícia Federal) que investigue as citações de ministros da Corte nas gravações entregues pela JBS à PGR.

Segundo a ministra, a investigação é necessária para que não haja dúvidas sobre a dignidade dos integrantes do Supremo. “Agride-se, de maneira inédita na história do país, a dignidade institucional deste Supremo Tribunal e a honrabilidade de seus integrantes”, disse a ministra, que gravou um pronunciamento.

Em nota divulgada ontem (5), Joesley Batista e Ricardo Saud, delatores da empresa JBS, pediram “sinceras desculpas” aos ministros do Supremo e ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelas citações indevidas em conversas gravadas por eles e entregues à PGR.

 

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Homem perde R$ 7,7 mil em golpe de falso prêmio de título de capitalização

Feira geek, tecnologia e prêmio ‘Jovem do Ano’: confira a programação da Cidade da Juventude 

Nicolas Sarkozy chegou à prisão para cumprir cinco anos de pena

VÍDEO: colisão na Afonso Pena gera engavetamento entre três veículos em horário de pico

Notícias mais lidas agora

Consórcio Guaicurus confessa erro e terá de pagar R$ 59,8 mil após condenação na Justiça

Prefeito barrou investigação de contratos suspeitos de fraude 2 meses antes de prisão em Terenos 

Justiça suspende mais de 200 ações de moradores contra fedor da JBS no Nova Campo Grande

Mulher é assassinada asfixiada em Três Lagoas por companheira que acaba presa pela polícia 

Últimas Notícias

Brasil

Por 4 votos a 1, STF condena sete réus do Núcleo 4 da trama golpista

Maioria dos ministros do colegiado concordou com denúncia

Economia

Dólar sobe com incerteza comercial, mas permanece abaixo de R$ 5,40

Com mínima de R$ 5,3706 e máxima de R$ 5,4050, fechou a R$ 5,3906

Política

Câmara define lista para relator de processos contra Pollon e mais dois; confira nomes

Nome do relator será definido a partir da lista tríplice

Polícia

Idoso que sofreu queimaduras após vazamento de gás permanece sedado na Santa Casa

Vítima foi extubada e estado de saúde é considerado estável