Saída não foi motivada por denúncia, diz porta-voz
O vice-diretor da Unaids, agência de combate à Aids ligada à ONU (Organização das Nações Unidas), o brasileiro Luiz Loures, não irá mais pleitear um novo mandato no cargo, após ter sido alvo de uma denúncia de assédio sexual.
O porta-voz da entidade, Mahesh Mahaligan, afirmou que a decisão de Loures, anunciada nesta sexta-feira (23), não teria relação com a acusação de assédio, e disse que ele teria sido inocentado do caso.
Em novembro de 2016, Loures enfrentou a acusação de assédio sexual, porém a investigação não encontrou indícios suficientes, e o caso foi arquivado, segundo a Unaids.
“A divisão interna de serviços de supervisão da OMS (Organização Mundial de Saúde) considerou claramente que o caso era infundado e recomendou que fosse encerrado”, disse Mahalingam.
Loures trabalha há 22 anos na Unaids e seu mandato iria até março. Procurada pela Agência Reuters, a organização disse que o brasileiro tomou a decisão sozinho e que não houve nenhuma discussão para tirá-lo do cargo.
Esta é a segunda saída de um funcionário de alto escalão da ONU acusado de assédio sexual em dois dias. Nesta quinta (22), Justin Forsyth, vice-diretor da Unicef, deixou o cargo alegando que não quer que seus erros passados prejudiquem a entidade.
