Pular para o conteúdo
Brasil

Renan Calheiros vira réu em processo no STF

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou hoje (3) denúncia apresentada contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Por 3 votos a 2, o colegiado entendeu que há indícios suficientes para tornar o senador réu em um processo criminal.  A Turma julgou […]
Arquivo -
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou hoje (3) denúncia apresentada contra o senador (MDB-AL) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato.

Por 3 votos a 2, o colegiado entendeu que há indícios suficientes para tornar o senador réu em um processo criminal.  A Turma julgou denúncia apresentada em 2017 pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que foi baseada na delação premiada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, empresa da Petrobras na época.

Nos depoimentos, Machado disse que Calheiros e outros políticos do partido teriam recebido valores de empresas que tinham contratos da estatal para repassar a diretórios do MDB. De acordo com a acusação, os supostos repasses teriam ocorrido por meio de doações eleitorais a três diretórios, do MDB no Tocantins e Aracaju e do em Alagoas, em troca de benefícios na Transpetro.

Na semana passada, no início do julgamento, o ministro Edson Fachin, relator do caso, entendeu que há indícios dos crimes, mas somente no repasse feito ao diretório de Tocantins. Nos casos envolvendo os demais diretórios, não há provas suficientes para abertura da ação penal contra o senador.

Segundo o ministro, em 2010, a empresa NM Engenharia e Serviços, cujos sócios também assinaram delação, repassou R$ 150 mil em forma de doação eleitoral oficial ao diretório de Tocantins, após solicitação de Renan Calheiros. A doação foi direcionada a um apoiador do senador, o então deputado Leomar

Quintanilha.

Na sessão desta tarde, os ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia acompanharam o relator, formando a maioria pela abertura da ação penal contra o senador.

Os ministros Ricardo Lewandowski e discordaram do relator e entenderam que a denúncia da PGR é genérica e não apontou as condutas pormenorizadas que teriam sido cometidas pelo senador.

Segundo Gilmar, a denúncia se baseou somente na delação premiada de Sérgio Machado e não apontou os meios que teriam sido empregados para obtenção dos recursos, além de não indicar se houve pedido de Renan Calheiros para que as doações fossem realizadas.

“Não especifica de forma concreta o ato de ofício ou relativo às atribuições institucionais do senador que teria sido indevidamente mercadejado, sustentando-se apenas em um genérico fornecimento de apoio político”, afirmou Mendes.

Com a abertura da ação penal, Calheiros deverá prestar depoimento e poderá indicar testemunhas de defesa. Ao final do processo, caberá ao ministro Fachin elaborar uma sentença para condenar ou absolver o senador. Não há prazo para decisão.

Defesa

A defesa do senador negou as acusações e afirmou que a denúncia foi feita pelo ex-procurador Rodrigo Janot antes do término da investigação pela Polícia Federal.  “A própria Polícia Federal, de forma expressa, disse que as provas não comunicam entre si e que elas são desencontradas”, afirmou Luiz Henrique Alves, advogado do senador.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Prefeitura de Ponta Porã está com processo seletivo aberto para 215 vagas

Motociclista avança preferencial e batida com carro deixa criança e mais 2 feridos no Aero Rancho

perillo agencia brasil

Em Campo Grande, Perillo afirma que definição de diretório em MS só será em novembro

Deputados pedem fim de rotatividade em escolas para melhorar educação em MS

Notícias mais lidas agora

Justiça suspende mais de 200 ações de moradores contra fedor da JBS no Nova Campo Grande

Servidor aposentado do INSS em MS terá que devolver R$ 680 mil após erro em benefício

Supercopa de Vôlei supera expectativas e reúne público equivalente à capacidade máxima do Guanandizão

Câmara derruba veto e atletas trans estão proibidas de integrar equipes femininas na Capital

Últimas Notícias

Mundo

Quem é Sanae Takaichi, primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do Japão

Takaichi é ultraconservadora e se opõem a projetos que ampliem avanço das mulheres no Japão

Polícia

Crimes patrimoniais caem no Jardim Aeroporto e região, mas desafios persistem

Ruas do bairro Jardim Aeroporto, antes marcadas pela insegurança e pelas ocorrências de roubos e furtos, agora percebem diminuição da criminalidade

Cotidiano

Vai participar do Enem? Colégio oferece aulão preparatório gratuito em Campo Grande

Colégio espera atender 600 estudantes presencialmente, além do público do interior de Mato Grosso do Sul

Economia

Indústria de MS alça voos para liderar descarbonização e se antecipa na produção de combustível sustentável

Mato Grosso do Sul assumiu o compromisso de se tornar carbono zero até 2030 e investe em alternativas para substituir os combustíveis poluentes