O procurador Deltan Dallagnol criticou o processo que pode afastá-lo do grupo de trabalho da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, as críticas foram feitas nesta segunda-feira (17), durante entrevista ao portal UOL.
O processo que pode afastar Dellagnol da Lava Jata será analisado amanhã pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). O procurador pode deixar a operação por conta de ações movidas pelos senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Kátia Abreu (PP-TO).
Renan alega que Dallagnol atuou politicamente contra sua eleição para a presidência do Senado, em 2019. Katia questiona um acordo entre a Lava Jato do Paraná e a Petrobras para reverter R$ 2,5 bilhões recuperados pela operação a um fundo gerido por uma fundação privada.
O procurador disse, durante a entrevista, que os processos irão julgar opiniões e irregularidades da Lava Jato. “O que existe são dois processos disciplinares por opiniões manifestadas publicamente no processo democrático, como nosso ouvinte tem a sua liberdade de manifestação. Agora quando se discute o meu afastamento com base nisso, é um afastamento com base em nada”, alegou o procurador na entrevista ao portal UOL.
Dallagnol avaliou que não há uma alegação técnica consistente sobre o caso e que apenas manifestou sua opinião. “Ele não tem uma sustentação técnica, ainda mais quando você olha os precedentes do Conselho Nacional de Ministério Público em matéria de afastamento”.
