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Facebook derruba rede de fake news ligada a Bolsonaro e filhos

O Facebook anunciou na quarta-feira, 8, que derrubou uma rede de fake news e perfis falsos ligados a integrantes do gabinete do presidente de Jair Bolsonaro, a seus filhos, ao PSL e aliados. Foram identificados e removidos 35 contas, 14 páginas e 1 grupo no Facebook e 38 contas no Instagram. O material investigado pela […]
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O Facebook anunciou na quarta-feira, 8, que derrubou uma rede de fake news e perfis falsos ligados a integrantes do gabinete do presidente de Jair Bolsonaro, a seus filhos, ao PSL e aliados. Foram identificados e removidos 35 contas, 14 páginas e 1 grupo no Facebook e 38 contas no Instagram. O material investigado pela plataforma identificou pelo menos cinco funcionários e ex-auxiliares que disseminavam ataques a adversários políticos de Bolsonaro. Nessa lista está Tercio Arnaud Thomaz, que é assessor do presidente e integra o chamado “gabinete do ódio”, núcleo instalado no terceiro andar do Palácio do Planalto.

A existência do “gabinete do ódio” – que mantém um estilo beligerante nas redes sociais e é comandado pelo vereador (Republicanos-RJ) – foi revelada pelo Estadão em setembro do ano passado.

Citados negaram irregularidades e classificaram a medida como arbitrária. O PSL disse que as contas são de responsabilidade dos parlamentares e não possuem relação com o partido.

Um dos funcionários envolvidos nessa rede identificada pelo Facebook trabalhava para Carlos Bolsonaro, filho do presidente. Outro funcionário identificado é contratado do pelo PSL de Coronel Nishikawa.

As páginas no Facebook tinham 883 mil seguidores, enquanto as contas no Instagram, 917 mil seguidores. Além disso, 350 pessoas estavam no grupo. A página “Bolsonaro Opressor 2.0” foi identificada à conta @bolsonaronewsss, que estava sob administração de Tércio.

A rede de fake news derrubada pelo Facebook também inclui os deputados estaduais Anderson Moraes e Alana Passos, ambos do PSL do Rio. Em maio, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes apontou indícios de que um grupo de empresários atuava de maneira velada financiando a disseminação de fake news e conteúdo de ódio contra integrantes da Corte e outras instituições. O ministro também definiu como “associação criminosa” o grupo do “gabinete do ódio”.

O controverso inquérito que apura ameaças, ofensas e fake news contra ministros do Supremo, conduzido por Moraes, pode pavimentar o caminho da cassação do presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A avaliação entre ministros do tribunal é a de que, caso seja autorizado, um compartilhamento das provas do STF com a Justiça Eleitoral deve dar um novo fôlego às investigações que apuram o disparo de mensagens em massa na campanha presidencial de Bolsonaro em 2018 A possibilidade dessas ações serem “turbinadas” com o inquérito das fake news do Supremo já acendeu o sinal de alerta do Palácio do Planalto.

No material postado que foi identificado pelo Facebook estavam conteúdos relacionados às eleições, memes políticos, críticas à oposição, empresas de mídia e jornalistas, além de textos sobre o coronavírus. Segundo a rede social, parte do conteúdo dessa rede já havia sido removida por violar padrões de comunidade. Entre as violações estavam discursos de ódio.

Os detalhes de toda a operação brasileira foram postados no site do Atlantic Council’s Digital Forensic Research Lab, instituição que realiza análise independente de remoções do Facebook por comportamento inautêntico coordenado.

Desinformação

O anúncio faz parte de uma remoção de redes de desinformação que operavam em quatro territórios postando conteúdo relacionado a assuntos políticos domésticos. Além do Brasil, foram derrubadas redes nos EUA, na Ucrânia e na América Latina, incluindo países como El , Argentina, Uruguai, Venezuela, Equador e Chile No caso brasileiro, as investigações e remoções ocorreram a partir de notícias na imprensa brasileira e referências feitas ao assunto no Congresso durante a CPI das Fake News.

Nathaniel Gleicher, diretor de Cibersegurança do Facebook, foi cauteloso em apontar o envolvimento direto ou o conhecimento de políticos na campanha, inclusive na coordenação das postagens. “Não podemos afirmar a ligação direta das pessoas citadas, mas podemos afirmar que pessoas associadas a eles e a seus escritórios se envolveram em comportamento inautêntico na plataforma.”

Segundo o executivo do Facebook, não há indícios de que uma empresa foi contratada para realizar o trabalho, como aconteceu nos outros países latinos. Foi gasto US$ 1,5 mil em impulsionamento dos conteúdos no Facebook. De acordo com a Atlantic Council, o envolvimento de funcionários de gabinetes pode indicar que a operação usou recursos públicos, pois as postagens eram feitas durante o horário de expediente.

O relatório da DFRLab aponta que Tercio Arnaud administrava páginas e contas com conteúdo de ataques a adversários políticos do governo, em muitos casos com teor considerado “enganoso” e que misturava “meias-verdades para chegar a conclusões falsas”.

Em agosto do ano passado, Bolsonaro compartilhou, pelo Facebook, uma publicação que chama o procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato, de “esquerdista estilo PSOL”. O link divulgado pelo presidente redirecionava a página para um post do perfil Bolsonaro Opressor 2.0. Antes de atuar no governo, Tercio trabalhou para o gabinete do vereador Carlos Bolsonaro no . Ele ocupava cargo de auxiliar de gabinete.

Assessores

O DFRLab também identificou dois assessores do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). São eles Paulo Eduardo Lopes (conhecido como Paulo Chuchu) e Eduardo Guimarães. Guimarães é funcionário do gabinete de Eduardo Bolsonaro na Câmara. Já Oliveira foi exonerado no dia 26 de junho e agora está registrado como assessor do gabinete do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do governo.

O relatório do DFRLab cita a página “Bolsofeios” como sendo de Guimarães. A ligação já havia sido apontada pela CPI das Fake News, que identificou atualizações do perfil a partir de um celular do assessor de Eduardo.

Parlamentares à frente da comissão afirmaram que o banimento das contas está em linha com fatos revelados pela investigação e que o caso reforça a necessidade de ter acesso ao conteúdo publicado por meio dessas contas excluídas.

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