Pular para o conteúdo
Brasil

Funai edita medida que permite ocupação e venda de terras indígenas sem homologação

A Fundação Nacional do Índio, Funai, publicou no último dia 22 uma Instrução Normativa que permite a invasão, exploração e até comercialização de terras indígenas ainda não homologadas pelo presidente da República. As informações são do G1. A Instrução Normativa nº9/2020, publicada no Diário Oficial da União (DOU), alterou a Declaração de Reconhecimento de Limites, […]
Arquivo -

A Fundação Nacional do Índio, , publicou no último dia 22 uma Instrução Normativa que permite a invasão, exploração e até comercialização de terras indígenas ainda não homologadas pelo presidente da República. As informações são do G1.

A Instrução Normativa nº9/2020, publicada no Diário Oficial da União (DOU), alterou a Declaração de Reconhecimento de Limites, documento que funcionava apenas como uma certificação de que uma propriedade rural privada não invadia imóveis vizinhos ocupados por indígenas.

Com a publicação da medida, a advogada do Instituto Socioambiental (ISA), Juliana de Paula Batista, explica que a Declaração de Reconhecimento de Limites passará a ser também um documento de posse e poderá ser dado a imóveis privados que estiverem dentro de terras indígenas não homologadas.

“O Brasil tem 237 terras indígenas em processo de homologação. Esse processo demora anos, alguns tiveram início em 1982 e ainda não foram concluídos. Essa medida permitirá que qualquer uma dessas terras ocupadas por comunidades indígenas sejam consideradas imóveis privados”, explica a advogada do ISA.
Outra mudança adotada pela Instrução Normativa nº9/2020 é em relação ao Sistema de Gestão Fundiária, o Sigef, um cadastro do com dados oficiais sobre os limites dos imóveis rurais. Antes da medida, qualquer terra , homologada ou em processo, estava cadastrada no Sigef. Agora, apenas os terrenos com homologação concluída serão reconhecidos pelo Sistema.

“Terras indígenas não homologadas poderão ser cadastradas no Sigef como propriedade rural privada. Com o cadastro, esse invasor poderá vender a terra, pedir licenciamento para mineração na área, assim como para criação de gado e de retirada da madeira do local”, pontua Batista, afirmando que demais pessoas poderão comprar uma terra sem saber que ela é ocupada por indígenas.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
Trump acusa Zelenski de 'não querer a paz'

Líderes europeus e Zelensky expressam ‘forte apoio’ a postura de Trump para paz na Ucrânia

Câmara de Campo Grande terá ‘feriadão’ prolongado pelo Dia do Servidor Público

Litro da gasolina em MS deve ter redução de R$ 0,10 após anúncio da Petrobras

MDB projeta eleger 5 estaduais e manter sustenção de reeleição a Riedel

Notícias mais lidas agora

Justiça suspende mais de 200 ações de moradores contra fedor da JBS no Nova Campo Grande

Servidor aposentado do INSS em MS terá que devolver R$ 680 mil após erro em benefício

Supercopa de Vôlei supera expectativas e reúne público equivalente à capacidade máxima do Guanandizão

Lembra dele? Di Ferrero volta a Campo Grande e curte passeio de fusca com namorada famosa

Últimas Notícias

Política

Câmara de Campo Grande encerra 2025 com recesso a partir de 20 de dezembro

Retomada começa em janeiro, mas todas as atividades voltarão apenas em fevereiro de 2026

Política

Mandato ‘tampão’ deve ser alternativa para divergência na disputa pelo comando do PSDB em MS

A informação foi confirmada nesta terça-feira (21) pelo presidente da Câmara de Vereadores de Campo Grande, Epaminondas Neto (Papy)

Mundo

Mulher engana marido e família com gravidez de bebê reborn: ‘Fez ultrassom’

Ultrassom, Chá Revelação e mais: mulher foi desmascarada após suposto ‘nascimento’ de sua filha

Brasil

Após ficar preso em Campo Grande, Beira-Mar segue como chefe do CV, aponta investigação

Documento produzido pela Senappen destaca que ele influenciou negativamente os detentos