Pular para o conteúdo
Brasil

Guerra da vacina: STF já decidiu que União não pode confiscar bens de Estados

Antes de sua aposentadoria em outubro, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu uma decisão que pode ser usada como precedente caso o embate sobre o confisco, pelo governo federal, das vacinas contra a covid-19 obtidas pelos Estados seja intensificado. A ‘requisição’ de imunizantes foi citada pelo governador de Goiás, Ronaldo […]
Arquivo -

Antes de sua aposentadoria em outubro, o ministro , do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu uma decisão que pode ser usada como precedente caso o embate sobre o confisco, pelo governo federal, das vacinas contra a covid-19 obtidas pelos Estados seja intensificado. A ‘requisição’ de imunizantes foi citada pelo governador de , Ronaldo Caiado (DEM), após um encontro com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

A controvérsia foi enfrentada pelo Supremo em abril deste ano, quando o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), acionou a Corte pedindo o desbloqueio de ventiladores pulmonares comprados pelo Estado. A ação foi apresentada depois que a União, em meio à corrida pelos equipamentos na fase inicial da pandemia, requisitou em caráter compulsório o recolhimento dos aparelhos e toda a produção da empresa fornecedora. A disputa judicial pelos respiradores levou o governo estadual a montar uma operação cinematográfica para obter 107 aparelhos chineses através de um desvio de rota na Etiópia e de um drible à .

Na ocasião, Celso de Mello atendeu o pedido do governo maranhense e se manifestou pela impossibilidade de a União Federal requisitar bens pertencentes aos Estados-membros.

“A requisição de bens e/ou serviços, nos termos em que prevista pela Constituição da República, somente pode incidir sobre a propriedade particular”, escreveu o decano.

“Isso significa, portanto, que os bens integrantes do patrimônio público estadual e municipal acham-se excluídos, porque a ele imunes, do alcance desse extraordinário poder que a Lei Fundamental, tratando-se, unicamente, “de propriedade particular”, outorgou à União Federal, ressalvadas as situações que, fundadas no estado de defesa e no estado de sítio, outorgam, ao Presidente da República, os denominados “poderes de crise”, cujo exercício está sujeito à rígida observância, pelo Chefe do Executivo da União, dos limites formais e materiais definidos pelo modelo jurídico que regula, em nosso ordenamento positivo, o sistema constitucional de crises ou de legalidade extraordinária”, completou o ministro.

O tema voltou a repercutir depois o governo Jair Bolsonaro anunciou uma Medida Provisória para abrir crédito de R$ 20 bilhões para compra de vacinas contra o novo coronavírus. Com a medida, o Planalto começou a ensaiar o discurso de que o Ministério da Saúde vai comprar e distribuir todas as vacinas disponíveis do País, incluindo a Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, órgão ligado ao governo paulista de João Doria (PSDB). O governo federal busca reagir ao tucano, que promete começar a imunizar a população paulista em 25 de janeiro.

A briga travada pelos entes federativos em torno dos imunizantes chegou ao Supremo na semana passada. Na última terça-feira, 8, o governo do Maranhão entrou com uma ação pedindo a autorização do tribunal para aquisição de vacinas aprovadas por agências sanitárias internacionais, mesmo sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
presidentes funesp e federação de volei supercopa

‘Que seja a primeira de muitas’: presidentes da Funesp e da Federação de Vôlei celebram Supercopa em Campo Grande

Protestos contra Trump levam multidão às ruas nos EUA

Supercopa de Vôlei 2025: onde assistir ao jogo feminino do Osasco e Sesi Bauru

‘Brabas’ vencem Cali nos pênaltis e Corinthians leva o hexa da Libertadores

Notícias mais lidas agora

Supercopa feminina começa com Osasco abrindo placar, mas Sesi-Bauru consegue empate

Público começa a chegar ao Guanandizão para final feminina da Supercopa de Vôlei

Com licenciamento ‘em xeque’, expansão de mineração em Corumbá é investigada

Expansão de cursos e falta de RQE desafiam qualidade da medicina, aponta sindicato

Últimas Notícias

Esportes

Supercopa feminina começa com Osasco abrindo placar, mas Sesi-Bauru consegue empate

Disputado desde 2015, o torneio deste ano tem o atual campeão da Superliga Feminina o Osasco

Famosos

Morre Sam Rivers, baixista do Limp Bizkit

Sam Rivers foi peça-chave na fundação do Limp Bizkit. Ele foi quem iniciou o projeto ao lado do vocalista Fred Durst

MidiaMAIS

Ex-jogadora de vôlei, Barbie do Pantanal vai à Supercopa com seu Ken: ‘adoraria estar jogando’

"Quando eu era adolescente eu jogava, participei de campeonatos estaduais aqui em Mato Grosso do Sul. Gosto muito do esporte", contou Anelise

Esportes

Supercopa de Vôlei Feminino abre com conscientização sobre câncer de mama no Guanandizão

As equipes entraram em quadra com faixas alusivas à campanha Outubro Rosa