Pular para o conteúdo
Brasil

Ministério da Saúde adota cautela sobre vacina russa e fará nova reunião com representantes

O Ministério da Saúde considera que ainda não há provas de segurança e eficácia da vacina russa contra a covid-19 que justifiquem abrir negociações para a compra do produto com recursos do governo federal. Segundo integrantes da cúpula da pasta, deve ser realizada nos próximos dias uma nova reunião com desenvolvedores da droga, anunciada pelo […]
Arquivo -

O Ministério da Saúde considera que ainda não há provas de segurança e eficácia da vacina russa contra a covid-19 que justifiquem abrir negociações para a compra do produto com recursos do governo federal. Segundo integrantes da cúpula da pasta, deve ser realizada nos próximos dias uma nova reunião com desenvolvedores da droga, anunciada pelo presidente Vladimir Putin nesta terça-feira, 11, como a primeira registrada para imunizar a população.

A expectativa é que representantes da embaixada da participem do novo encontro, previsto para acontecer nesta ou na próxima semana. Na primeira conversa sobre a vacina, feita há uma semana, técnicos do ministério questionaram sobre as características e estimativas de preço. Eles também sinalizaram interesse em manter diálogo sobre o desenvolvimento das drogas. As tratativas iniciais foram feitas com representantes do Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF).

Na mesma data, o ministério recebeu representantes da farmacêutica chinesa Sinopharm, que tem uma vacina em fase 3 de estudos, a última etapa antes de a droga poder ser registrada. Presente nas reuniões, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) demonstrou interesse em apoiar a pesquisa clínica das empresas da Rússia e da .

Procurado, o Ministério da Saúde não se manifestou oficialmente sobre discussões que envolvem a vacina desenvolvida na Rússia.

Comunidade científica tem dúvidas

Os estudos sobre o produto russo geram dúvida na comunidade científica. As pesquisas para a vacina estão na fase 3, segundo o governo Putin, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a droga está na primeira etapa dos estudos. Os desenvolvedores russos ainda não divulgaram detalhes sobre os resultados, duração e dados sobre as fases anteriores. Além disso, o antídoto para a covid-19 foi aprovado após menos de dois meses do início dos testes em humanos.

O governo do Paraná discute parceria para desenvolver tanto a vacina da Rússia como da chinesa Sinopharm por meio do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).

Técnicos do Ministério da Saúde procuraram a Tecpar nesta terça-feira, após o anúncio de Putin. A análise no governo federal é de que a empresa do Paraná precisaria de meses e grande investimento para conseguir produzir qualquer vacina.

“Possivelmente nesta semana será assinado um termo de cooperação entre o governo do Paraná e a Rússia para iniciar as tratativas técnicas. Nós não vamos avançar se não tivermos a anuência dos órgãos reguladores como a Anvisa e a Comissão Nacional de Ética e Pesquisa. Ainda é uma fase inicial”, afirma o biólogo Jorge Augusto Callado Afonso, diretor-presidente do Tecpar. Ele citou o segundo semestre de 2021 com “prazo responsável” para começar a vacinação.

Reunião com chineses

Na mesma data em que recebeu os russos, o ministério também conversou com representantes da farmacêutica chinesa Sinopharm, que tem uma vacina em fase 3 de estudos, a última etapa antes de a droga poder ser registrada. Presente nas reuniões, a Fiocruz demonstrou interesse em apoiar a pesquisa clínica das empresas da Rússia e da China.

Por enquanto, a aposta do governo Jair Bolsonaro é no modelo desenvolvido pela farmacêutica britânica AstraZeneca e a universidade de Oxford, do . Na última quinta-feira, 6, o governo federal liberou cerca de R$ 2 bilhões, via medida provisória, para viabilizar o processamento e distribuição de 100 milhões de doses da droga pela Fiocruz.

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, tem dito a auxiliares que é preciso “ter calma” em discussões sobre a vacina. A pasta não descarta investir em mais de um modelo, mas ainda vê a droga da Oxford como mais promissora.

A OMS aponta que seis vacinas estão em fase 3 de pesquisa, a última antes do pedido de registro para comercialização.

Críticas de Bolsonaro

Bolsonaro tem feito críticas indiretas à iniciativa do governador de , João Doria (PSDB), de negociar com a empresa chinesa Sinovac Biotech para receber a CoronaVac, também em testes contra a covid-19.

“O mais importante, diferente daquela outra (vacina) que um governador resolveu acertar com outro país, vem a tecnologia para nós”, disse o presidente na última quinta-feira, 6.

Apesar das falas de Bolsonaro, o secretário nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correa de Medeiros, disse na última quarta-feira, 5, que o governo federal pretende comprar “a primeira vacina que chegar ao mercado”, independentemente do país que a produzir.

Em audiência na Câmara dos Deputados, Medeiros afirmou que fará uma visita ao Instituto Butantã, que participa do desenvolvimento da vacina contra o novo coronavírus Coronavac com a empresa chinesa Sinovac Biotech.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Identificado motorista que morreu carbonizado em capotamento na BR-158

Flamengo conta com a sorte, marca no fim e obtém curta vantagem sobre o Racing na Libertadores

energisa

Energisa abre vagas para primeiro emprego em cidades de MS

Senado aprova liberar de metas fiscais projetos estratégicos de defesa

Notícias mais lidas agora

Em três anos, Consórcio Guaicurus embolsou R$ 40,7 milhões de isenção de ISS

Juiz vê chance de acordo e marca nova audiência para resolver fedor da JBS

Pai espera por Justiça do CRM-MS por erro que deixou Juninho em estado neurovegetativo

Identificado homem que morreu em briga durante bebedeira

Últimas Notícias

Brasil

Governo apresenta projeto que agrava pena para organizações criminosas

Proposta inclui agravar a pena para lideranças e integrantes de organizações criminosas

Cotidiano

Defensoria realiza atendimentos no distrito de Arapuá nesta quinta

Atendimento presencial nas áreas de saúde

Esportes

Fonseca avança às quartas na Basileia após desistência do adversário

Tenista carioca número 46 do mundo

Emprego e Concurso

Judiciário convoca candidatos para prova objetiva do 34º Concurso da Magistratura

Comissão do Concurso torna pública a relação dos candidatos