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Brasil

PF cumpriu seis mandados de prisão em Operação Fiat Lux

A Polícia Federal (PF) informou que já cumpriu seis mandados de prisão temporária (quatro no Rio de Janeiro e dois em São Paulo) dos 12 expedidos na Operação Fiat Lux, que apura um suposto esquema de fraudes e pagamento de propina na Eletronuclear. Há ainda 18 mandados de busca e apreensão sendo cumpridos no Rio de Janeiro, […]
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A  (PF) informou que já cumpriu seis mandados de prisão temporária (quatro no e dois em São Paulo) dos 12 expedidos na Operação Fiat Lux, que apura um suposto esquema de fraudes e pagamento de propina na Eletronuclear. Há ainda 18 mandados de busca e apreensão sendo cumpridos no , São Paulo e , expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro.PF cumpriu seis mandados de prisão em Operação Fiat Lux

A Operação Fiat Lux (segundo a PF uma expressão latina que pode ser traduzida por faça-se luz ou que haja luz) é desdobramento das operações Radioatividade, Pripyat, Irmandade e Descontaminação, que apuram desvios de recursos em contratos da Eletronuclear no âmbito da Lava Jato.

O MPF informou que entre os investigados estão um ex-ministro, um ex-deputado federal, empresários e ex-executivos da estatal, além de pessoas que contribuíram para lavagem de ativos. A Lava Jato pediu também o sequestro dos bens dos envolvidos e de suas empresas pelos danos materiais e morais causados no valor de R$ 207,8 milhões.

Delações

De acordo com o MPF, as investigações que levaram à Fiat Lux tiveram como base as informações de delações premiadas de empresários presos na Operação Blackout, realizada em 2017 pela força-tarefa da Lava Jato no Paraná. Com isso, foi elucidado o pagamento de vantagens indevidas em, pelo menos, seis contratos firmados pela Eletronuclear.

“Os recursos eram desviados por meio de subcontratação fictícia de empresas de serviços e offshores, que por sua vez distribuíam os valores entre os investigados”, informou o MPF.

Ainda conforme o MPF, a exigência de propina teve início logo após a posse de Othon Pinheiro na presidência da Eletronuclear como contrapartida à celebração de novos contratos e ao pagamento de valores em aberto de contratos que se encontravam em vigor. O esquema se estendeu para fora do país com empresas sediadas no Canadá, na França e Dinamarca. Por isso, o órgão pediu a cooperação internacional e vai compartilhar o material da investigação com o Ministério Público destes países.

Empreiteiras

O MPF informou que o desmembramento da denúncia oferecida a partir da Operação Radioatividade trouxe parte das investigações da Lava Jato para o Rio de Janeiro. Na etapa, foram apurados os envolvimentos em prática ilícitas, de, pelo menos, duas grandes empreiteiras, a Andrade Gutierrez e a Engevix, que ocorreriam em decorrência da execução de contratos e de aditivos celebrados com a Eletronuclear para a construção da Usina Nuclear Angra 3.

A Operação Prypiat, que foi deflagrada pela força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, aprofundou as investigações sobre os contratos com a Flexsystem Engenharia, Flexsystem Sistemas e VW Refrigeração. A Operação Irmandade focou no núcleo financeiro operacional do esquema. A colaboração de executivos da Andrade Gutierrez ajudou a demonstrar a forma de geração do caixa 2 da empresa para realização dos pagamentos de propina em espécie para funcionários da Eletronuclear.

Na avaliação do MPF, esse esquema de era similar ao investigado pela Operação Fiat Lux e se sustentava na celebração de contratos fictícios e expedição de notas fiscais falsas com várias empresas.

“Após celebração de acordo de colaboração premiada com um dos envolvidos e o aprofundamento das investigações, foi identificado sofisticado esquema criminoso para pagamento de propina na contratação das empresas Argeplan, AF Consult Ltd e Engevix para a execução do contrato de projeto de engenharia eletromecânico 01, da usina nuclear de Angra 3. Com isso, a Operação Descontaminação revelou a participação de políticos do MDB no desvio de recursos da Eletrobras, por meio da indicação das empresas que deveriam ser contratadas”, indicou o MPF.

Eletrobras

A Eletrobras divulgou nota informando aos acionistas e ao mercado em geral que tomou conhecimento, pela imprensa, que a força-tarefa da Operação Lava Jata da Polícia Federal iniciou nesta quinta-feira, a Operação Fiat Lux que envolve supostas fraudes na controlada Eletrobras Eletronuclear.

“A Companhia está acompanhando o assunto e manterá o mercado informado”, disse a empresa no comunicado.

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