Pular para o conteúdo
Brasil

PEC do novo auxílio emergencial só passa se Bolsonaro se empenhar, afirma Maia

Ex-presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) prevê que será muito difícil o Congresso aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do auxílio emergencial com as contrapartidas fiscais sem o presidente Jair Bolsonaro assumir a responsabilidade e defender as 17 medidas de cortes de gastos que estão no parecer apresentado pelo relator, senador Márcio […]
Arquivo -

Ex-presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) prevê que será muito difícil o Congresso aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do auxílio emergencial com as contrapartidas fiscais sem o presidente Jair Bolsonaro assumir a responsabilidade e defender as 17 medidas de cortes de gastos que estão no parecer apresentado pelo relator, senador Márcio Bittar (MDB-AC).

“Quem é que nesse momento pré-eleição vai ter coragem de comandar isso?”, diz Maia ao Estadão. Ele lembrou que Bolsonaro quase demitiu o secretário Especial de do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, depois que o auxiliar de Guedes falou em congelamento de benefícios da Previdência por dois anos para o governo economizar recursos e pagar o programa social Renda Brasil, substituto do que nunca saiu do papel.

Para Maia, se o presidente não disser que está a favor das medidas, que incluem congelamento de salário dos servidores, ficará muito difícil o Congresso assumir essa responsabilidade sozinho pelo presidente.

Maia contou que lhe relataram, no final do ano passado, que Bolsonaro disse ao senador Márcio Bittar que não queria enfrentar esse tema. “O presidente disse para mim um pouco antes que, se nós quiséssemos, era uma decisão nossa”, contou o ex-presidente. “Em nenhum momento, o presidente se manifestou a favor”, acrescenta.

Maia aponta que, no fundo, a PEC do auxílio está servindo apenas para se ter uma narrativa de que algo foi feito para justificar a retomada do benefício com aumento das despesas.

Apesar da urgência da PEC do auxílio, a votação no Senado foi adiada para semana que vem e com risco de ser fatiada, deixando no texto apenas a autorização para a concessão do auxílio emergencial. Não há contrapartida de corte de despesas para a concessão do auxílio, que será pago com aumento de endividamento Os recursos pagos ficarão fora do teto de gastos (regra que limita o crescimento das despesas acima da ). Mas há no texto propostas de reforço fiscal para o futuro, inclusive para Estados e municípios, como o acionamento de gatilhos, que são acionados automaticamente em futuras crises.

No comando da Câmara até fevereiro, Maia defendeu, no ano passado, a aprovação da PEC Emergencial, proposta que estava em tramitação no Senado, para financiar o programa social e dar uma sinalização de sustentabilidade para a trajetória da dívida, comprometida pela expansão de gastos na pandemia. Mas a proposta não avançou em meio à disputa política das eleições municipais e depois do comando do Congresso.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
transporte coletivo

Com Frente em Campo Grande, transporte coletivo gratuito volta ser discutido na Câmara dos Deputados

Supercopa de Vôlei: treinadores projetam final entre Osasco São Cristóvão e Sesi Bauru

maracaju

Mesmo com pressão do MP, prefeitura de Maracaju diz que não pode demitir temporários

EUA compraram o equivalente a US$ 339 milhões em pesos argentinos entre 9 e 15 de outubro

Notícias mais lidas agora

Detran-MS

MP autoriza prorrogar pela oitava vez inquérito contra indicado de político por corrupção no Detran-MS

Ginásio Guanandizão (Foto: Divulgação/FVMS)

Supercopa de Vôlei atrai público de Campo Grande e interior ao Ginásio Guanandizão

multas transporte

Juiz ignora ameaça de cortar vale-transporte e nega suspender multas contra o Consórcio Guaicurus

Suzano abre três processos seletivos para preencher vagas em Ribas do Rio Pardo

Últimas Notícias

Cotidiano

Novo PAV indígena com atendimento bilíngue é instalado em aldeia de Caarapó

Posto foi implementado na Aldeia Tey-Kuê e prestará atendimento em português e guarani

Cotidiano

ANM paralisa atividades por ‘colapso orçamentário’ e deixa mineradoras de MS sem suporte

ANM registra bloqueio de R$ 5,9 milhões em seu orçamento e déficit adicional de R$ 3,2 milhões em despesas a reconhecer

Cotidiano

Defensoria garante reativação do plano de saúde de adolescente com paralisia

Conforme o órgão, cancelamento do benefício foi feito de maneira 'indevida'

Cotidiano

Governo Federal entrega de 33 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida em Costa Rica

O projeto vai beneficiar cerca de 130 pessoas, oferecendo moradias com infraestrutura completa