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Brasil

Aviões da Gol e da Azul ficaram a 22 metros de bater no aeroporto de Congonhas, diz relatório

Controlador estava abalado, mas supervisor não percebeu
Agência Estado -
avião
Avião (Ilustrativa | Marcos Ermínio / Midiamax)

Uma aeronave se aproxima da pista de pouso no Aeroporto de Congonhas, em , vinda do com 68 passageiros. Outra, com mais 163 passageiros, aguarda na mesma pista a decolagem para . O erro de um controlador faz com que os dois aviões fiquem a apenas 22 metros de distância, mas um aviso da tripulação estacionada evita a colisão.

A identidade do operador não foi divulgada. Em nota, a Azul disse seguir os padrões nacionais e internacionais de segurança. Afirmou ainda seguir eventuais recomendações de autoridades reguladoras.

Procuradas, a Infraero, que era responsável pela operação de Congonhas na época, e a Gol ainda não falaram.

O quase acidente entre aeronaves da Gol e Azul é descrito por um relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgado na última terça, 29. O caso ocorreu em 3 de dezembro de 2020.

Segundo o documento do órgão da Força Aérea Brasileira (FAB), as aeronaves não tiveram danos e os ocupantes saíram ilesos.

A aproximação aconteceu porque a Torre de Controle autorizou o pouso do voo da Azul, um avião Embraer ERJ 190-200, na mesma pista em que o voo da Gol, um Boeing 737-8EH, aguardava a autorização para decolar.

Após o aviso da tripulação da Gol de que ainda se encontrava na pista, o voo da Azul foi orientado pela Torre de Controle a arremeter, o que conseguiu fazer na aproximação final, passando sobre a outra aeronave a uma distância de cerca de 22 metros.

Controlador estava abalado; supervisor não percebeu

Os controladores de tráfego aéreo estavam com as licenças e habilitações válidas, segundo o relatório. O órgão constatou que o profissional que ocupava a posição de supervisor naquele momento não estava atento às operações realizadas pela Torre de Controle e não percebeu o evento. Ele declarou ao Cenipa estar preenchendo o livro de registro de ocorrências no momento do incidente.

Posteriormente, o supervisor julgou não ser necessário o afastamento do turno do controlador que ocupava a posição Torre de Controle, como preveem as Atribuições dos Órgãos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro após a Ocorrência de Acidente Aeronáutico ou Incidente Aeronáutico Grave (ICA 63-7).

O controlador que autorizou o pouso tinha 11 anos de experiência profissional no controle de tráfego aéreo e dois de habilitação na Torre de Controle do Aeroporto de Congonhas.

Por meio de entrevista, o Cenipa verificou que ele já havia sido afastado temporariamente por motivo de saúde. Também apontou que, no período da ocorrência, ele estava emocionalmente abalado por problemas familiares, que afetavam a qualidade de seu sono.

O profissional foi descrito por seus colegas como dedicado e estudioso, sendo bem conceituado pela equipe e considerado uma pessoa agradável e de estável.

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