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Brasil

COP 30 deve ser encontro de implementação, diz Marina Silva

O encontro começou na terça-feira (20) e segue até sábado (24)
Agência Brasil -

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) deve a COP da implementação. A afirmação é da ministra do e Mudanças Climáticas, Marina Silva, ao participar de uma aula magna no Congresso das Universidades Ibero-americanas – Os 10 anos da Laudato Si’ Preparatório para COP 30: Dívida Ecológica e Esperança Pública, na PUC-Rio. O encontro começou na terça-feira (20) e segue até sábado (24).

“Tem que ser justo para todo mundo, principalmente para os mais vulneráveis. A COP 30 tem que ser a COP da implementação. Nós já discutimos cadernos de verbas, fizemos tudo que dava para protelar. Agora, não tem mais o que fazer. É implementar, implementar, implementar”, disse.

A COP 30 vai ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém (PA).

A ministra lembrou que o primeiro ensaio sobre mudança do clima foi publicado em 1896 pelo físico sueco Svante Arrhenius.

“Ele disse que se continuar pressionando os recursos, ‘olha só lá atrás’, aumentando a população e existindo o combustível fóssil, nós vamos mudar, por ação humana, ação antrópica, a temperatura da Terra”, recordou.

Marina Silva apontou que o papel da ciência é fundamental para assegurar uma rede de preservação da natureza contra os efeitos das mudanças climáticas.

“Cada vez mais as políticas terão que ser feitas com base em dados e evidências. Não tem mais tempo para a gente ficar inventando coisas e ignorando o que as universidades estão produzindo nas mais diferentes frentes da produção científica”, indicou.

Para a ministra, o limite de elevar o aquecimento global a 1,5ºC dos níveis pré-industriais, previsto no Acordo e , tem que permanecer como forma de balizar as ações no mundo. “Eles [da ciência] bateram o pé. Não pode ultrapassar 1,5ºC. É uma posição. Os governos não querem fazer? As empresas não querem mudar? Mas é 1,5ºC”, defendeu.

Encíclica

A Laudato Si’ é uma encíclica (carta oficial) do papa Francisco publicada em maio de 2015, que defende o cuidado com o meio ambiente e com as pessoas. Trata ainda da relação entre Deus, os seres humanos e a Terra.

Antes da palestra da ministra, foi exibido um vídeo do papa Leão XIV em que ele defendeu uma reflexão conjunta sobre uma possível remissão entre a dívida pública e a dívida ecológica, uma proposta que o papa Francisco havia sugerido em sua mensagem para a Jornada Mundial pela Paz de 2025.

“Neste ano jubilar, ano de esperança, é muito importante esta mensagem. A vocês reitores universitários quero encorajá-los nesta missão que assumiram: a serem construtores de pontes de integração entre as Américas e com a península ibérica, trabalhando por uma justiça ecológica, social e ambiental”, diz o papa na mensagem.

Marina destacou o privilégio da exibição do vídeo do pontífice no encontro. “É na nossa condição de preservar e sustentar a vida, onde todos deveríamos estar integrados naquilo que o papa Francisco falou da nossa Casa Comum”, completou se referindo à encíclica de Francisco.

Segundo a ministra, o Brasil e as Nações Unidas estão em tratativas com Vaticano para um balanço ético global sobre o compromisso com a vida, a ser realizado antes da COP30. A iniciativa já vinha sendo conversada com o papa Francisco, e agora com o papa Leão XIV.

O congresso no Rio reúne integrantes de mais de 200 universidades públicas e privadas da América Latina e do Caribe, , Portugal e Estados Unidos, e tem o objetivo de promover o diálogo entre academia e os setores público e privado para propor estratégias coordenadas de ação sobre fé e inovação, conforme a agenda da COP 30.

Licenciamento ambiental

Sobre a aprovação do projeto de lei que estabelece um novo marco legal para o licenciamento ambiental no Brasil, a ministra voltou a criticá-lo.

“Desde 1981, o Brasil tem uma lei de licenciamento ambiental que é a base da proteção, a coluna vertebral da proteção ambiental do Brasil. Infelizmente, o que foi aprovado ontem no Senado é como se fosse uma demolição da base de proteção de um país que tem 11% da água doce e 22% das espécies vivas do planeta”, apontou.

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