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Brasil

Diretor da PF irá incluir ameaças de Eduardo Bolsonaro em inquérito

Deputado federal disse durante live que pode "se mexer" contra investigação
Gustavo Henn -
Eduardo Bolsonaro terá prazo para responder a questionamento, se assim quiser (Pablo Valadares, Agência Câmara)
Deputado Eduardo Bolsonaro. (Pablo Valadares, Agência Câmara)

O diretor-geral da PF (Polícia Federal), Andrei Rodrigues, afirmou que irá incluir falas de (PL-SP) no inquérito contra o parlamentar sobre suposta obstrução de Justiça, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo.

O disse, durante live nas redes sociais, que vai “se mexer” contra investigação se descobrir quem é um membro da PF. “Se eu ficar sabendo quem você é, vou me mexer. Vai lá, coleguinha da Polícia Federal. Cachorrinho da Polícia Federal que está me assistindo. Deixa eu saber não, irmão. Se eu ficar sabendo quem é você, eu vou me mexer aqui. Se eu ficar sabendo quem você é, vou me mexer”, afirmou.

O delegado da PF afirmou à CNN que não permitirá que nenhum investigado intimide as autoridades e que a instituição irá adotar as providências legais.

“Vamos instruir o inquérito em andamento, com mais esse ataque às instituições (agora diretamente a PF), fato que se soma aos demais sob investigação”, detalhou em conversa no último domingo (20).

Além da ameaça, Eduardo Bolsonaro também citou Fábio Shor, delegado responsável pelos principais inquéritos contra o Jair Bolsonaro (PL).

“Pergunta ao tal delegado Fábio Alvarez Shor se ele conhece a gente. O couro é duro, a guerra não acabou, vai vir mais sacrifício aí pela frente. Eu sei disso, mas eu tô disposto a ir até as últimas consequências. Será que o Barroso tá?”, disse o deputado.

A licença do parlamentar terminou no mesmo dia das declarações e, se não retornar ao Brasil, pode sofrer sanções por faltas em sessões plenárias. Ele está nos Estados Unidos desde fevereiro e anunciou que pediria licença do mandato. Ele é alvo de investigação aberta pela PGR (Procuradoria-Geral da República), que aponta que ele pode ter atuado nos EUA para influenciar processos que envolvem o pai e outras autoridades brasileiras.

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