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Brasil

Para mapear áreas verdes das cidades, IBGE lança estudo inédito no Brasil

A metodologia experimental foi criada com o objetivo de identificar e classificar as áreas verdes em espaços urbanos
Liana Feitosa -
Guarulhos (SP) foi um dos municípios escolhidos como área-teste para mapeamento das Áreas Verdes Urbanas (Foto: Pexel / Divulgação).

O (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) lançou nesta segunda-feira (8) um novo estudo inédito, que pretende mapear as Áreas Verdes Urbanas no Brasil. 

Trata-se de uma abordagem metodológica experimental criada com o objetivo de identificar e classificar as áreas verdes em espaços urbanos e, assim, contribuir com o planejamento territorial sustentável e a qualidade de vida nas cidades. 

O material ainda oferece bases metodológicas para o monitoramento das áreas verdes urbanas no país e, nesta primeira edição, foram analisados dois municípios de diferentes regiões do país: Guarulhos (SP) e Palmas (TO).  

Com base nesses primeiros levantamentos, a equipe da DGC (Diretoria de Geociências) do IBGE quer avaliar com outros pesquisadores uma proposta metodológica que seja realizada futuramente em todo o território nacional.

“Para nós é importante lançar este estudo em caráter experimental, para que possamos colocar a proposta de metodologia em discussão, testar sua aplicabilidade a diferentes contextos e, a partir de um retorno de outros pesquisadores, de gestores e de demais partes interessadas, propor algo que possa ser aplicável a todo o Brasil”, explica Manuela Mendonça de Alvarenga, responsável técnica da pesquisa.  

Metodologia 

A metodologia realizada no estudo utilizou a definição de Áreas Verdes Urbanas do Código Florestal Brasileiro.

Para o código, essas áreas são espaços públicos ou privados de vegetação (natural ou recuperada), que possuem uma destinação no planejamento urbano diferente de loteamentos e moradias, com a intenção de exercer uma função capaz de prover serviços ecossistêmicos para a cidade. 

Já a classificação de áreas verdes seguiu a proposta do Ministério do e de Mudança do Clima, que contempla diferentes tipos, como parques, praças, canteiros, dentre outros, e os serviços que podem oferecer, como, por exemplo, de recreação e de regulação climática. 

O estudo ainda usou dados de cartografia colaborativa, que indicam a presença de áreas verdes diversas, e imagens de satélite, que indicaram a presença de vegetação.

Para isso, foi considerado o ano de 2022 como referência devido à disponibilidade de dados do último Censo Demográfico. 

Cidades analisadas

Em Guarulhos, foram identificados 7.096,37 hectares de Áreas Verdes Urbanas, o que representa 45% das áreas urbanizadas do município, levando em conta a área de 800m em torno do centro urbano. 

Considerando as áreas verdes intraurbanas, o tamanho é reduzido para 6.036,73 hectares, e a proporção passa a ser de 38% das áreas urbanizadas da cidade. 

“Com esse resultado, interpretar qual é o grau do impacto que o entorno do centro urbano possui para a composição do mosaico de áreas verdes da cidade e consequentemente os serviços fornecidos à população”, explicou Manuela.

Em Palmas, o total de Áreas Verdes Urbanas foi de 5.137 hectares, considerando a área de mapeamento com o entorno de 800m do centro urbano, o que representa 49,11% do total de áreas urbanizadas da cidade. 

Já levando em consideração apenas a área intraurbana, as Áreas Verdes Urbanas passam a somar 977,99 hectares, representando aproximadamente 10% da mancha urbanizada do município. 

Análise

A diminuição de cerca de 80% de áreas verdes entre os recortes intraurbano e periurbano se deve ao fato de que Palmas possui grandes extensões de matas ciliares de rios tributários ao Rio Tocantins que cruzam a cidade e não são consideradas áreas urbanizadas, devido à sua grande extensão sem moradias ou área construída. 

Levantamentos futuros 

Segundo o IBGE, os resultados obtidos no levantamento experimental vão permitir à equipe técnica propor uma metodologia adequada às áreas verdes de todo o Brasil. 

Futuramente, o levantamento poderá acompanhar as atualizações das Áreas Urbanizadas do IBGE e complementar este mapeamento com uma periodicidade estabelecida em conjunto. 

Além disso, será possível trabalhar com inteligência artificial de forma mais otimizada para as atualizações. 

“O mapeamento foi proposto considerando a disponibilidade de insumos e a simplicidade de processamento, e, com isso, podemos chegar a um dado de qualidade para todo Brasil”, completou Alvarenga.

“Assim, a partir de uma primeira versão e de sua validação, o próprio mapeamento pode servir como entrada para treinar algoritmos de inteligência artificial, que poderão permitir uma atualização do mapeamento mais automatizada”, finalizou a responsável.

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(Revisão: Bianca Iglesias)

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