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Brasil

Marina pede apoio a países pobres para fim dos combustíveis fósseis

Ministra defendeu que é preciso atacar causa da mudança climática
Agência Brasil -
Marina Silva é ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil. (Nathalia Alcântara, Midiamax)

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, pediu o fim do uso dos combustíveis fósseis e do desmatamento, considerando as limitações de cada país. Em Adis Abeda, capital da Etiópia, a ministra participou na sexta-feira (5) do encerramento do Balanço Ético Global, iniciativa do Brasil em parceria com as Nações Unidas (ONU) para aumentar a participação da sociedade civil na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro, em Belém.

“Precisamos iniciar o planejamento de forma justa para o fim do desmatamento e o fim dos combustíveis fósseis. Não mais continuar sem atacar as causas da mudança do clima”, enfatizou a ministra.

Para acabar com a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento, que estão entre as principais causas da geração de gases que provocam o aquecimento global, raiz da crise climática, Marina pondera que é preciso considerar as diferenças entre os países.

“Para tanto, há que considerar as diferenças entre países, suas necessidades, dificuldades e circunstâncias nacionais, abordando esse desafio tanto pelo lado da produção, quanto do consumo. Esse processo precisa ser justo, inclusive, para pessoas, países e regiões e, sobretudo, para os mais vulnerabilizados”, completou a ministra.

Para Marina Silva, o grande desafio da transição energética é ajudar os países que não têm condições econômicas de abandonar os combustíveis fósseis por conta própria.

“O grande desafio é que a gente possa fazer uma transição justa e planejada para o fim de combustível fóssil, acelerando a energia renovável, ajudando os países que, às vezes, têm que usar carvão, têm que usar lenha, para que possam ter também outras alternativas”, acrescentou.

Diálogo Regional da África aconteceu em Adis Abeba, Etiópia. (Fernando Donasci/MMA)

Adversários poderosos

Ainda segundo a ministra, o combate às mudanças climáticas enfrenta a oposição de “poderosos”, que se opõem aos esforços para a transição energética. “Existem aquelas pessoas que não querem enfrentar a mudança do clima. Infelizmente, uma grande quantidade delas no mundo têm muito poder, com muita tecnologia, com muito dinheiro, e não é fácil de enfrentá-las”, acrescentou.

Com o retorno de Donald Trump à presidência, os Estados Unidos (EUA) anunciaram a saída do Acordo de Paris, compromisso internacional para evitar que a temperatura média da Terra suba mais que 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais ─ limite considerado um ponto de não retorno para a recuperação do meio ambiente.

Em seu mandato anterior, o republicano já havia tomado essa medida, que havia sido revertida durante o governo do democrata Joe Biden, que o sucedeu.

Trump também autorizou a exploração de petróleo sem limites, acabou com subsídios para carros elétricos e desmontou políticas para transição energética.

Já as gigantes da tecnologia, as big techs estadunidenses, têm anunciado apoio aberto às políticas da Casa Branca. Em um jantar na quinta-feira (4), em Washington, chefes da Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), Apple, Microsoft e OpenIA agradeceram a “liderança” de Trump, enquanto prometem investimentos no país.

Financiamento

A ministra Marina Silva ponderou ainda que, após mais de 30 anos de discussões sobre mudanças climáticas, apenas na COP28, em 2023, nos Emirados Árabes Unidos, é que foi definido a necessidade de abandonar o uso dos combustíveis fósseis, além de triplicar a energia renovável e duplicar a eficiência energética.

Na COP30, no Brasil, o governo espera que sejam definidas as metas para se chegar a esse objetivo, assim como o desmatamento zero até 2030. “Todos têm os meios para fazer isso? Claro que não, e precisarão ser ajudados para poder conseguir fazer essa transição”, ponderou.

Na COP29, do Azerbaijão, foi definido que os países desenvolvidos devem fornecer, pelo menos, US$ 300 bilhões por ano até 2035 aos países em desenvolvimento, para ajudá-los na transição energética, com convocação às nações para alcançar US$ 1,3 trilhão anuais em 2035.

Entre os objetivos da presidência brasileira na COP30, está criar os mecanismos financeiros para viabilizar esse para transição energética e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

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