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Brasil

‘Não vi nada demais’, diz mãe de adolescente que morava com Hytalo sobre vídeos do influenciador

Mulher afirmou que não via problema na relação da filha com o influenciador e nem nos conteúdos publicados nas redes
Agência Estado -
Hytalo Santos (Reprodução, Instagram)

A mãe de uma das adolescentes que moravam com Hytalo Santos, investigado pelo Ministério Público pelos crimes de tráfico de pessoas e exploração sexual infantil, afirmou que não via problema na relação da filha com o influenciador ou nos vídeos que ela postava da menor de idade. As identidades da adolescente e de sua família foram preservadas.

“Vendi minha casa, abandonei meu emprego e fui viver a vida com ela, realizar o sonho dela”, disse a mãe ao Domingo Espetacular da TV Record. “Eu nunca vi nada demais”.

O caso veio à tona após vídeo do youtuber Felca que denuncia que influenciadores como Hytalo exploravam crianças e adolescentes para ganhar dinheiro com o uso de suas imagens nas redes sociais Em diversos vídeos postados pelo influencer, as adolescentes apareciam fazendo danças sensuais.

A defesa de Hytalo afirma que ele e seu marido, também preso na sexta-feira, 15, são inocentes e “sempre se colocaram à disposição das autoridades”. Consideram também que a decisão de prisão é uma medida “extrema”.

Sobre as críticas de que a jovem passa por um processo de “adultização” e exploração sexual, a mãe rebate: “não concordo com nada, como é que ela está sendo adultizada se ela teve infância?” Ela e a filha ganharam uma casa do influenciador.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o influencer pagava às famílias dos adolescentes cerca de três salários mínimos para abrigá-los em sua casa. Os menores, sob a tutela de Hytalo, eram chamados de “cria” pelo influenciador.

O pai da menina, separado da mãe, relatou ao programa se preocupar com a exposição da filha desde 2019, quando denunciou, pela primeira vez, a exploração da imagem da adolescente ao .

“Nunca quis isso para ela. Eu queria um futuro para ela, que ela estudasse, que ela se formasse, que ela tivesse uma profissão boa, não estar exibindo o corpo para todo mundo ver”, afirmou o pai, que também não foi identificado para preservar a menor de idade.

“Toda vez que eu ia ao conselho tutelar, Ministério Público, delegacia, eles diziam ‘é porque a Justiça é lenta'”, acrescenta

A adolescente, porém, acusou, na reportagem, o pai de chegar bêbado em casa e agredir ela e a mãe quando eles moravam juntos. Diz ainda que Hytalo falou que ela “não precisava disso” e que “seria seu pai”.

Segundo o MP, o influencer apreendia os celulares das vítimas para garantir que apenas o seu perfil nas redes sociais fizessem postagens, estratégia que concentrava a audiência em suas plataformas.

“Hytalo Santos exercia um controle significativo sobre os celulares de adolescentes e funcionários. Este controle fazia parte de um padrão mais amplo de gerência sobre a vida pessoal e profissional das pessoas ligadas a ele, especialmente os adolescentes conhecidos como ‘crias’ e sua equipe de segurança e assessoria”, informou o órgão.

Entenda o caso

Felca, no vídeo sobre adultização de crianças publicado na semana passada, chamou o conteúdo de Hytalo de “circo macabro”. Investigado pelo MP da Paraíba desde 2024, foi banido do após o vídeo de Felca.

O marido de Hytalo, Vicente também teve sua conta do Instagram desativada, poucas horas após publicar uma mensagem em defesa de cônjuge.

Hytalo gravava danças com menores de idade, muitas delas com pouca roupa, e ganhava dinheiro ao divulgar os vídeos nas redes. Com o passar dos anos, ele criou uma casa apelidada de “mansão” e levou algumas crianças para morar com ele, com a permissão dos pais.

O influenciador apelidou o grupo de “filhos”, a maioria jovens em vulnerabilidade social, a quem ele oferecia suporte financeiro, moradia, alimentação e educação. Em troca, eles aparecem em seus conteúdos.

Ele também ficou conhecido pela ostentação nas redes, o que incluía desde a distribuição de celulares de última geração até a doação de carros, casas e cirurgias plásticas para as “filhas” adolescentes.

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