O recente desmembramento do Centrão acendeu a luz bem na direção da cadeira da Presidência da Câmara dos Deputados.
É lá que está o desejado sabor do poder.
Enquanto o experiente deputado Arthur Lira vê escapar pelos dedos a vantagem que vinha obtendo na disputa, seu colega Baleia Rossi ampliou seu leque de articulação.
Lira tem contra si situações jurídicas desfavoráveis. Isso não impede que tenha trânsito, prestígio e influência junto ao governo, que o abraça, mas não vai até à reta de chegada caso detecte a voz contrária da opinião pública.
Tem também na disputa o paraibano Aguinaldo Ribeiro. Parlamentar dinâmico, Ribeiro acredita que poderá vir a ser uma alternativa de última hora tal qual imagina também seu colega Marcos Pereira.
É aí que vem o toque de mágica.
Sem aceitar nenhum cargo no governo para o partido e mantendo os compromissos acordados nas votações em cem por cento favoráveis, Baleia Rossi cacifou seu nome como uma alternativa plena para ser vitoriosa.
Caminha com facilidade entre todas correntes políticas do Congresso Nacional e é uma cara nova no circuito dos já carimbados.
Não sofre ataques da opinião pública. O governo o vê com bons olhos e azeitou a proximidade.
Ainda é cedo para acelerar o debate da Presidência da Câmara dos Deputados e de quem irá se sentar na cadeira ocupada por Rodrigo Maia.
O certo é que a debandada dos partidos do Centrão fez com que Baleia Rossi subisse a ladeira com a certeza de que muitos vão subir junto com ele. É esperar para ver.
