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Cotidiano

Com salários atrasados, 300 protestam na frente de fábrica em Campo Grande

Ainda não há previsão para que trabalhadores recebam
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Ainda não há previsão para que trabalhadores recebam

Aproximadamente 300 funcionários da empresa de confecção , que estão com os salários atrasados, ficaram na porta da empresa na manhã desta segunda-feira (19). Eles foram dispensados pela indústria até que a situação do salário seja regularizada, porém, o último parzo venceu na sexta-feira (16), e até agora, nada de dinheiro na conta dos funcionários. Nesta manhã, durante o tempo que o Jornal Midiamax esteve no local, os responsáveis não apareceram para dar satisfações aos rabalhadores. 

A reclamação dos trabalhadores é em relação ao salário atrasado, depósito do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que não estaria sendo depositado, e a suspensão do cesta básica.

De acordo com o encarregado de manutenção José Carlos Echeverria, que trabalha há 11 anos na empresa, após mandar todo mundo para casa, a empresa informou que eles só deveria retornar ao trabalho, quando o salário fosse depositado. Mas temendo que a confecção use o fato de eles não estarem na fábrica para justificar um abandono de emprego ou greve, todos decidiram ir ao local nesta manhã. 

Echeverria diz que a empresa não deu nenhuma satisfação a situação que se encontra. Apenas não pagou o salário e deu “férias” forçadas aos funcionários. Ele diz que os problemas começaram a aproximadamente três meses, quando a diretoria da fábrica mudou. “O dono da fábrica saiu e disse que não voltava mais. Que tinha mudado a direção. Desde então, a fábrica tem funcionado com o comando de diretores de , que nunca vieram aqui”, diz. 

As trabalhadoras preferiram não se identificar, mas são unanimes em afirmar que estão sem saber o que fazer em casa, com as contas vencendo, sem dinheiro para pagar e sem saber como vão fazer para colocar a comida na despensa.

Há dez anos trabalhando na fábrica, uma das funcionárias diz que a situação em casa está difícil, já que o salário sustenta três pessoas. “Tem boleto vencendo. Tem mercado para fazer. Não sei nem como vou viver assim sem cesta básica e sem dinheiro. Cada hora eles falam uma coisa. Já perderam a credibilidade”. 

Outra funcionária da fábrica também reclama da falta de informação. “Eles não dão uma satisfação e não dá para ficar assim. A maioria tem 8, 10 anos de empresa e agora está sem salário, sem FGTS”.  A preocupação com as contas atinge todos que foram à fábrica nesta segunda. “A água e a luz continuam chegando. A maioria aqui é pai e mãe em casa. Muitas pagam aluguel. Como vai ficar agora?”, questiona outra trabalhadora. 

Além do FGTS que não estaria sendo depositado, eles também descobriram no começo deste mês que o convênio com uma Pax, que era com desconto em folha, também não estaria sendo pago. Uma das funcionárias perdeu a mãe e quando foi usar o serviço, descobriu que não era pago pela empresa. “Quando mais precisei, tive pagar R$ 4 mil pelo velório da minha mãe”. 

Após o episódio, a empresa colou um papel na parede, segundo os funcionários, dizendo que o contrato com a empresa havia sido cancelado. Esta é outra reclamação dos funcionários. Eles dizem que a empresa apenas cola papeis na parede para informá-los, mas não aparece para dar explicações.  

O Jornal Midiamax esteve no local e tentou falar com os responsáveis pela empresa, porém foi informado que eles não estavam autorizados a dar entrevista e que seria necessário entrar em contato com o advogado da empresa. O advogado não atendeu a ligação. 

Demissões 

Em audiência na terça-feira (13), o MPT ouviu trabalhadores da, o Sintivest-MS (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Vestuários de ) e representantes da Universo Íntimo para prestaram esclarecimentos sobre 82 demissões ocorridas na indústria.

No dia 8 de setembro, 40 trabalhadoras e trabalhadores foram chamados ao refeitório da empresa, comunicadas sobre sua demissão e assinaram, na hora, o aviso prévio. Da mesma forma, dia 9 de setembro, outras 42 trabalhadoras foram chamadas no refeitório e demitidas, totalizando 82 trabalhadoras e trabalhadores.
Segundo as trabalhadoras, desde fevereiro deste ano a empresa está diminuindo o quadro de funcionários.

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