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Cotidiano

Famílias ocupam terreno público no Jardim Montevidéu

  Ocupação é coordenada por movimentos sociais
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Ocupação é coordenada por movimentos sociais

Cerca de 70 famílias ocuparam três áreas públicas no Montevidéu, norte da capital, entre as Ruas Manduba e Panonia. A ocupação é coordenada por movimentos sociais, “Frente Povo sem Medo” e “Movimento Lutas, Campo e Cidade”. As famílias começaram a chegar durante o final de semana e alguns barracos já estão de pé.

Rodrigo ‘Karrapixo’, 34, coordena a ocupação e faz parte dos movimentos sociais. “Aqui não é invasão. Reivindicamos celeridade e transparência na Emha [Agência municipal de habitação de ]. Reivindicamos moradia digna. Nós não queremos nada dado”, explica.

De acordo com ele, o movimento deve esperar a reação da Prefeitura de Campo Grande. Rodrigo explicou que está em processo de negociação com a Emha que, de acordo com ele, ‘se prontificou a dialogar, e estão orientando e dando atenção’.

No início da tarde desta terça-feira (13), uma viatura da Patrulha Ambiental – da Semadur (Secretaria municipal de meio ambiente e desenvolvimento urbano) -, uma viatura da GCM (Guarda Civil Municipal) e representantes da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) estavam no local.

Elizangela Dias Sabino, 39, trabalha com serviços gerais e vive com 4 filhos e 3 netos. Ela morava ‘de favor’ no Jardim Noroeste. Elizangela não pensa muito em bandeiras ou movimentos, e já espera há 15 anos na filha da Emha. “Eu só quero conseguir a minha casinha mesmo”, contou.

Isabel Abreu Mendonça, 55, cuidava do barraco para o filho, que ocupou o local junto com a esposa e os filhos. A família também ‘vivia de favor’, esperando há mais de 15 anos na filha da Emha. “Com fé em Deus vai dar tudo certo. A gente tem esperança, né”, afirma.

Ocupações tem surgido na capital, a exemplo da que ocorreu na última semana, de 133 famílias no Residencial Gregório Correa, região norte da cidade, um dos locais que abrigou famílias que antes viviam na favela ‘Portelinha’. As pessoas alegam que os alugueis – cada vez mais caros – estão ‘insustentáveis’.

Os problemas com habitação. também ganharam destaque ao representarem elevação de 0,16% na inflação da capital em agosto. A habitação contribuiu 0,05% para o índice geral do mês, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG).

“Eu estava pagando aluguel aqui no bairro. Vi aqui e acho que é o jeito mesmo, já que as coisas são assim, tem que ser”, explica Francisco Gomes Carvalho Filho, 60. Ele trabalha com construções, está sem trabalho e espera há mais de 20 anos na fila da Emha. “Vai sim, se Deus quiser, vou jogar com a sorte”, respondeu, ao ser questionado sobre a ocupação ‘surtir efeito’ junto ao poder público.

A Prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que “existem projetos de habitação que aguardam recursos do Governo Federal que atenderá os critérios de habitação municipal e da União”.

“O processo de moradias continua o mesmo só que segundo a lei complementar 134  pessoas que invadem áreas públicas ficam impedidas por quatro anos de serem beneficiadas com habitações e ficam fora do sistema nacional de habitação”, declarou
 
 
 
*matéria alterada às 16h15 para acréscimo de informações

 

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