Pular para o conteúdo
Cotidiano

Jean Wyllys defende formação de delegados para atender LGBT

Deputado fez duas palestras na capital
Arquivo -

Deputado fez duas palestras na capital

O deputado federal, (PSOL-RJ), que está em para duas conferências sobre direitos LGBT, defendeu a aplicação da Lei Maria da Penha em casos de violência doméstica a casais homoafetivos. A palestra, a segunda do dia, aconteceu na tarde desta sexta-feira (4), na Escola Superior da Defensoria Pública.

Para o parlamentar, a proposta de aplicação da Lei a casais homoafetivos – gays ou lésbicas – ou em uniões em que um dos parceiros é travesti ou mulher transexual é válida porque o STF já reconhece estes segmentos como unidade familiar. “Quando a violência acontece em ambiente doméstico, quando um dos parceiros subjuga o outro, exercendo violência física ou psicológica, temos a razão para a qual a Lei Maria da Penha foi criada”, explicou.

Wyllys destacou que tem conhecimento da Lei Maria da Penha aplicada em duas ocasiões para casais homoafetivos e destacou que um dos problemas na aplicação da lei ocorre logo nas delegacias. “Os delegados, por exemplo, não aceitam a identidade de gênero de mulheres trans e travestis. Então um crime contra essas mulheres não vai ser associado ao feminicídio, uma ocorrência não vai ser registrada na Lei Maria da Penha. Isso ocorre por uma questão cultural. Por isso, os delegados precisam urgentemente passar por formações”, considerou.

O mesmo acontece com casais homoafetivos. “Os delegados acabam caracterizando um crime como outro, violência doméstica vira mera lesão corporal. E há casos em que, na cabeça do delegado, aquele agressor não fez nada de errado, porque a vítima é homossexual, nojento e tem que ser agredido, mesmo”, disse.

No fim da conferência, o pastor evangélico Carlos Osmar Trapp, conhecido opositor dos direitos LGBT em Campo Grande, provocou o deputado sobre a liberdade religiosa, em momento que a palavra foi concedida a participantes. Wyllys rebateu, afirmando que direitos religiosos já eram garantidos no país e que não significavam a liberdade de oprimir outras pessoas.

O obstáculo do gênero

O deputado destacou que uma grande confusão se estabeleceu em torno da palavra gênero e do senso comum que considera o gênero necessariamente ligado ao biológico. “A sociedade considera que se uma pessoa nasceu com genitália feminina, é necessariamente mulher, tem que usar vestido, batom. É um entendimento superado”, aponta.

Um dos casos apontados pelo deputado é Tammy Gretchen, filho da cantora Gretchen que recentemente fez publicamente transição para o gênero masculino. “Já ouvi muita gente falando absurdos a respeito da transformação dele, que as pessoas acham isso uma heresia, que se nasceu mulher tem que ser mulher até o final. Mas, as pessoas vivem fazendo transformações o tempo todo. Por exemplo, mulheres que aumentam ou reduzem as mamas, que pintam o cabelo, que usam maquiagem. Tem até alguns parlamentares que fizeram implante capilar. Por que uma pessoa trans não pode ficar do jeito que quer? Chegamos num ponto que a palavra gênero nao pode ser nem falada, nem que o assunto seja ‘gênero alimentício'”, disse, provocando gargalhadas no público.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
Sônia Tissiani e sua sobrinha Silvia Roberta - (Foto: Julia Rodrigues)

‘Jogo fantástico’, opina Vovó do Crossfit sobre final femina da Supercopa de Vôlei

Do RJ e de Corumbá, influencers vibram pela Supercopa Feminina em Campo Grande

Matheus Martins foi uniformizado para assistir final feminina da Supercopa no Guanandizão - (Foto: Julia Rodrigues)

Fã do Osasco foi ao Guanandizão ver Camila Brait antes da jogadora se aposentar

Cruzeiro vence Fortaleza e segue na cola dos líderes do Brasileirão

Notícias mais lidas agora

Sesi Bauru e Osasco São Cristóvão disputaram final feminina da Supercopa de Vôlei no Guanandizão

Osasco vence Supercopa de Vôlei por 3 sets a 0 contra Sesi Bauru no Guanandizão

presidentes funesp e federação de volei supercopa

‘Que seja a 1ª de muitas’: presidentes da Funesp e da Federação de Vôlei celebram Supercopa em Campo Grande

Medalhistas olímpicos na quadra e na tribuna: Yeltsin comemora final da Supercopa na Capital

Professor de "La Casa de Papel" e Homens-Aranhas na Supercopa - (Foto: Julia Rodrigues)

Dois homens-aranha e professor de La Casa de Papel roubam a cena no Guanandizão durante a Supercopa de Vôlei

Últimas Notícias

Esportes

Técnico do Osasco, campeão da Supercopa, agradece Campo Grande: ‘dias maravilhosos’

Treinador da equipe de vôlei feminino do Osasco Voleibol Clube e é um dos maiores nomes da história do clube.

Esportes

Vice-campeã olímpica, Camila Brait comemora vencer a última Supercopa em Campo Grande

Brait é vice-campeã olímpica e tem 36 anos

MidiaMAIS

‘Realizadíssima’ e muito fã de vôlei, mãe leva filha de 3 meses para não perder final da Supercopa no Guanandizão

"Tô amando Campo Grande, no interior eu nunca ia ter acesso a um jogo desse", afirmou Mariane

Esportes

Ovacionada, Tifanny Abreu comemora início de temporada com vitória em Campo Grande

'Precisamos de um time forte e é esse o time que estamos projetando', disse