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Cotidiano

Em 4 anos, Santa Casa reduziu em 46% número de transplantes de rins

A média caiu pela metade
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A média caiu pela metade

Ao fim do ano de 2013, a Santa Casa de havia realizado 45 transplantes de rins, mas quatro anos depois, são realizadas, no máximo, duas cirurgias. A redução da quantidade dos procedimentos, de acordo com o hospital, é em razão da dificuldade de se conseguir doadores. Mas envolto de polêmica, o problema pode ser ainda maior, tendo em vista que a rede pública de saúde não sabe sequer quantos pacientes esperar um novo órgão em Mato Grosso do Sul.

No ano de 2012, o hospital realizou 38 transplantes de rim, e quatro pacientes morreram após estes procedimentos. Em janeiro de 2014, o Ministério da Saúde impediu a Santa Casa de realizar os transplantes, depois de três pessoas morrerem num intervalo de 15 dias, em 2013. Dois anos depois, em 2015, os transplantes foram retomados, assim como a hemodiálise.

Dois anos se passaram desde a retomada dos procedimentos e a quantidade pacientes atendidos ainda é baixa. Entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano apenas três pessoas passaram pelo . E além do número baixo de operações.

O número oficial é de que 41 pacientes aguardam na fila de espera por uma doação, quantidade distante da realidade. Para entender a situação é preciso relembrar que até 2015 haviam 400 pessoas cadastradas na espera, e nestes intervalo de dois anos – até 2017 -, não ocorreu um grande salto na quantidade de operações, restando apenas duas alternativas: As 359 que pessoas que sumiram da lista desistiram ou, no pior dos casos, não resistiram e morreram.  

Mato Grosso do Sul realiza transplantes renais, córneas a de ossos, e o único hospital habilitado para a realização do procedimento pelo SUS no estado é a Santa Casa de Campo Grande. Em um cenário de estabilizado – onde não houvesse novos pacientes -, calcula-se que para atender todas essas pessoas e zerar a espera, seriam necessário quase dois anos. Enquanto isso, na espera, 65 pacientes crônicos passam pela hemodiálise no hospital.

 A coordenadora da Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul (CET/MS), Claire Miozzo, explicou que devido aos problemas registrados no hospital, a equipe responsável pelo setor foi removida e uma nova foi formada. A partir daí, a lista de pacientes foi zerada, e deu-se início a um novo cadastramento. Então, os 41 nomes oficiais de pessoas que esperam por um órgão é o que foi atualizado até agora. “Essas pessoas que estavam tem que fazer inscrição porque senão elas não estarão na fila ”, orientou

Atualmente, o Brasil tem o maior sistema público de transplantes do mundo, com mais de 20 mil cirurgias por ano. Desde o início do século, já foram realizados mais de 335 mil transplantes. Da mesma maneira, o número de carências também cresceu. De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente, as maiores listas de espera para a realização de transplantes são para rim, fígado e pâncreas/rim, respectivamente.

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