Pular para o conteúdo
Cotidiano

Uma em cada quatro pessoas trans no Brasil morrem por agressões cruéis

Crueldade é motivada por ódio, dizem especialistas
Arquivo -

Crueldade é motivada por ódio, dizem especialistas

Uma em cada quatro das mortes de pessoas transexuais e travestis registradas, desde o início do ano de 2016, foram causadas por agressões cruéis como pauladas, pedradas, mutilações, estrangulamentos, queimadas, esquartejamentos e agressões físicas até o óbito.

Os dados foram registrados pela Rede Trans Brasil e levantados por reportagem do UOL. Ao todo, foram relatadas 171 mortes de pessoas trans desde o início do último ano. Destas, 27 ocorreram desde o início de 2017.

No ano de 2016, o Brasil bateu o recorde no número de mortes registradas, com 144. Quando a Rede começou a fazer os registros, em 2008, foram notificadas 58 mortes.

Outro dado levantado pela reportagem é o índice de mortes por arma de fogo. Enquanto o restante da população brasileira registra uma taxa de mortes por arma de fogo superior a 70%, no caso da população trans o índice é de 44% – o restante são crimes com armas brancas, como facas, pedras e as próprias mãos dos agressoes.

Para especialistas entrevistados pela reportagem, esses dados dos indíces de agressões bárbaras e crueldade apontam que a maioria dos crimes contra pessoas trans são motivados pelo ódio.

Para o psiquiatria Tadeu Brandão Cavalcante, as agressões cruéis servem de “aviso de que o próximo pode ser você”. “Não são mortes comuns, são crimes de ódio, são na verdade uma forma de mandar recado”, diz Tadeu.

“Por isso tendem a ser agressões violentas, emblemáticas desde a exposição despida na rua, até assassinatos por decapitação, castração, mutilações. Se fosse uma vítima hétero (sic), será que haveria todo esse ‘ritual’?”, explica o psiquiatra.

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul é o Estado com maior índice de violência contra pessoas trans de todo o Centro-Oeste, sendo que o Centro-Oeste é a região do Brasil mais violenta contra pessoas trans.

Os dados são do GGB (Grupo Gay da Bahia). Segundo o levantamento, Mato Grosso do Sul mata proporcionalmente 83% mais transexuais do que o restante do Brasil, com um índice de 2,96 mortes por milhão.

(com supervisão de Ludyney Moura)

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Comediante campo-grandense se encanta com animação do público na final da Supercopa

Sada Cruzeiro aplica três a zero no Itambé Minas e conquista Supercopa em Campo Grande

Governador Eduardo Riedel e primeira-dama Mônica Riedel prestigiam final da Supercopa

Cruzeiro vence segundo set na final da Superliga e final pode terminar no próximo set

Notícias mais lidas agora

Sada Cruzeiro aplica três a zero no Itambé Minas e conquista Supercopa em Campo Grande

Campeão de tudo, Wallace segue motivado e realiza sonho de fãs mirins após título da Supercopa

Pela 2ª vez em Campo Grande, Douglas Souza quer férias para conhecer cidade ‘de verdade’

Sada Cruzeiro vence o primeiro set contra o Itambé Minas na final da Supercopa de Vôlei

Últimas Notícias

Esportes

Palmeiras sofre com erros individuais, Pedro se destaca e Flamengo vence ‘final’ do Brasileirão

Em uma das partidas mais aguardadas da temporada, o Palmeiras foi derrotado pelo Flamengo, por 3 a 2, neste domingo, no Maracanã, em partida válida pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro

Mundo

Rodrigo Paz é eleito presidente da Bolívia e defende pacificação interna

Paz defendeu a necessidade de pacificação interna após um dos pleitos mais polarizados dos últimos anos no país

Esportes

Campeão de tudo, Wallace segue motivado e realiza sonho de fãs mirins após título da Supercopa

Em entrevista ao Jornal Midiamax, ele destacou a dificuldade de se manter uma equipe no topo por tantos anos

Esportes

Pela 2ª vez em Campo Grande, Douglas Souza quer férias para conhecer cidade ‘de verdade’

Jogador foi eleito novamente melhor da partida em Campo Grande, mas revelou que não teve tempo de conhecer a cidade como gostaria