Cinco localidades do Estado estão sob alerta devido às cheias de três rios que cortam a sub-bacia do Rio Paraguai. Conforme o boletim do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), trechos dos rios Miranda, Aquidauana e Taquari alcançaram as cotas de alerta devido a incidência de chuvas localizadas.
Segundo o boletim, os trechos dos rios Aquidauana e Miranda, que passam por Porto Murtinho, Miranda, Palmeiras (distrito de Aquidauana) e pelo município de Aquidauana já alcançaram as cotas de alerta, que antecede a de emergência.
No caso de Miranda, a estação superou a marca de alerta no último dia 7 de novembro e chegou ao nível de emergência. Porém, o Imasul deliberou por não emitir o “Aviso de Evento Crítico”. Lá, uma família de ribeirinhos chegou a ficar desabrigada e recebeu suporte da Defesa Civil do município. Já em Coxim, o Rio Taquari também superou a marca e está no nível de alerta desde o dia 2 de novembro.
Com isso, as localidades recebem atenção especial da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. “Mas, como a expectativa é de que as chuvas continuem, o monitoramento continua focado nessas áreas para que os alertas sejam emitidos e, se necessário, seja prestado o atendimento às famílias afetadas”, destaca o tenente-coronel Fabio Santos Coelho Catarineli, coordenador da Defesa Civil.
Sistema de alertas
O coordenador da Defesa Civil Estadual destaca que desde 15 de janeiro deste ano a Defesa Civil oferece gratuitamente um serviço de alertas: com base na leitura de indicadores meteorológico e fluviais colhidos diariamente pelo órgão, uma mensagem de texto é enviada para os moradores de cada região, quando necessário.
Para receber os alertas, basta enviar uma mensagem de texto (SMS) gratuita para o número 40199. No corpo da mensagem, é necessário colocar o CEP da residência, para que o envio de alertas seja mais preciso. “Assim, sempre que houver um alerta, seja de cheia, de tempestade, ventania ou qualquer outros fenômeno natural, essa pessoa receberá a mensagem com os alertas preventivos. Todo o serviço é gratuito”, destaca Catarineli.
Cheias
Segundo a Defesa Civil Estadual, as chuvas localizadas de primavera e verão afetam pouco o Rio Paraguai, nas proximidades de Ladário e Corumbá. Nessa região, as cheias seriam mais previsíveis e dependeriam das chuvas na cabeceira do rio, que fica em Cáceres (MT).
“A água demora alguns meses para chegar a Ladário, que é onde temos uma régua de medição. na segunda-feira (12), de acordo com o Imasul, o nível do rio estava na cota de 251 cm e de acordo com a Embrapa Pantanal, o nivel de alerta é de 4 metros”, destaca Catarineli.
Por outro lado, a região do “Baixo Pantanal” tende a sofrer mais com as chuvas localizadas. “Diferente de Corumbá, Ladário e Porto Murtinho, onde o ribeirinho sofre mais, em Aquidauana, por exemplo, a cheia do rio afeta bastante a cidade, como ocorreu neste ano”, conclui Catarineli.
