Pular para o conteúdo
Cotidiano

MP endossa pedido de segredo de justiça em ação contra Minerworld

MPE justifica que processo terá documentos com dados sigilosos
Arquivo -

O MPE (Ministério Público Estadual) pediu ao juiz titular da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de , David de Oliveira Gomes Filho, que a ação contra a empresa Minerworld volte a ficar em segredo de justiça. A empresa, que afirma atuar com mineração de bitcoins, responde processo por crime contra a economia popular.

De acordo com a manifestação do MPE, o pedido de restabelecimento do segredo de justiça é referente aos autos e a todos os subdocumentos, uma vez que haveria, no material apreendido a ser juntado ainda hoje à ação, “demonstrativos de movimentações em instituições financeiras (extratos bancários), Declarações de Ajuste Anual Imposto Sobre a Renda de pessoas físicas e, ainda, nomes e dados de diversas pessoas físicas”.

O pedido do MPE coincide com o da defesa, que também pediu o restabelecimento do segredo de justiça, já que a peça a ser anexada à ação deverá constar nome de um funcionário da que, segundo os advogados, esteve diretamente ligado ao suposto roubo de 851 bitcoins do exchange Poloniex, após um ataque hacker.

O MPE também solicita que o procurador da República Silvio Pettengill Neto e o delegado da Polícia Federal Leonardo de Souza Caetano Machado sejam oficiados sobre o compartilhamento do material apreendido após os mandados de busca e apreensão decorrentes da operação Lucro Fácil, do (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Tentativa de TAC

Conforme anunciou o Jornal Midiamax na última semana, a defesa de Cícero Saad e Johnes Carvalho quer tentar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o MPE, em peça que deverá ser protocolada ao processo na próxima semana, conforme anunciou a defesa.

O titular da 43ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, Luiz Eduardo Lemos de Almeida, confirmou que um encontro com os advogados de defesa ocorreu na segunda-feira (23), quando de fato a proposta de um TAC foi mencionada. Segundo o promotor, o argumento seria a destinação dos bitcoins supostamente retidos no exchange Poloniex para ressarcimento dos consumidores.

O TAC, no entanto, seria condicionado à prestação de garantia real, como hipoteca de imóveis, caso os bitcoins supostamente retidos não sejam recuperados. “O valor da garantia deverá ser compatível com o valor devido aos consumidores, se houver mesmo TAC. Os advogados ficaram de conversar com seus clientes e depois posicionar o Ministério Público”, descreveu o promotor em nota.

Todavia, independentemente de um eventual TAC, o promotor destacou que a ação civil pública deve continuar. “A ação segue seu curso, sendo o próximo passo a apresentação de defesas e depois manifestação do MP no processo sobre o teor dessas defesas”, conclui.

Operação Lucro Fácil

O Gaeco deflagrou, no dia 17 de abril, a operação Lucro Fácil, com 8 mandados de busca e apreensão, em Campo Grande e (SP) contra as empresas Minerworld Sociedad Anonima, Bit Ofertas informática Ltda e Bitpago Soluções de Pagamento Ltda. Os empresários Cícero Saad Cruz e Jonhnes de Carvalho Nunes, além de Edenil Neiva das Gracas, Jeová das Graças Silva, Patrícia da Silva Beraldo, Thayane Mayara Almeida Correia e Zully Daniela Acosta Ortiz também foram alvos dos mandados.

A operação Lucro Fácil é braço investigativo de Ação Civil Pública que corre na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, que investiga as empresas devido a denúncias e caracterização de pirâmide financeira, o que é crime contra a economia popular. A empresa prometia lucros exorbitantes e recuperação do investimento inicial em menos de um ano, a partir de suposta atividade de mineração de bitcoins.

De acordo com a ação, a expectativa é que pelo menos 50 mil pessoas em todo o país tenham sido lesadas com o golpe da Minerworld. No processo, o juíz David de Oliveira Gomes Filho também determinou o bloqueio de bens dos investigados, no limite de até R$ 300 milhões, além da proibição do ingresso de novos filiados à empresa, sob risco de multa de R$ 50 mil por pessoa em caso de desrespeito. A empresa nega as acusações e afirma ter sido vítima de golpe milionário em um trader de bitcoins.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Quem agredir ou desacatar profissionais de saúde em MS poderá pagar multa

Espaço kids é aposta para atrair famílias a restaurantes em Campo Grande

Ao tentar salvar irmãos, jovem é ameaçada de morte pelo padrasto em MS

Concurso para atuar na MSGás segue com inscrições abertas até novembro

Notícias mais lidas agora

Com licenciamento ‘em xeque’, expansão de mineração em Corumbá é investigada

Pode levar garrafa d’água? Confira regras para ir à Supercopa de Vôlei e respostas para outras dúvidas

Passageiro de carro que bateu contra muro de condomínio morre e motorista é preso

Mulher é espancada e mantida em cárcere privado por marido ex-presidiário

Últimas Notícias

Emprego e Concurso

Câmara de Cassilândia firma contrato com a Fapec para concurso público

O acordo firmado por meio de Dispensa de Licitação, tem valor total fixado em R$ 75,1 mil

Cotidiano

Justiça Eleitoral inicia plantão para regularização do título a partir desta segunda-feira

O atendimento ocorre até sexta-feira (24), das 8 às 18h

Trânsito

Subnotificada, colisão traseira soma 890 casos em MS; quem tem a culpa?

Advogado explica como o Código de Trânsito considera a ocorrência, a 3ª mais incidente no Estado

Trânsito

Programe-se: Agetran divulga ruas que serão interditadas neste domingo em Campo Grande 

Bloqueios ocorrem para a realização de atividades culturais