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Cotidiano

Pincéis e tintas são ‘armas’ de artistas para denunciar assoreamento no Parque das Nações

O movimento popular que denunciou e levou até às autoridades o assoreamento no lago do Parque das Nações Indígenas – principal cartão postal de Campo Grande – conta com novos aliados: pincéis, tintas e telas de artistas locais, que resolveram usar a expressão artística para chamar a atenção ao descaso para com um dos locais […]
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O movimento popular que denunciou e levou até às autoridades o no lago do Parque das Nações Indígenas – principal cartão postal de – conta com novos aliados: pincéis, tintas e telas de artistas locais, que resolveram usar a expressão artística para chamar a atenção ao descaso para com um dos locais mais visitados da cidade.

Desde às 15h deste domingo (17), artistas visuais utilizaram o espaço do Parque das Nações para, sob a copa de uma árvore, expressarem nas telas a tristeza com os a situação do parque. a estratégia deu certo, já que frequentadores que passavam de um lado para outro sempre paravam para conferir a pequena aglomeração de artistas presentes no local.

Desde a última semana, na verdade, o banco de areia já havia se tornado cenário de protestos que recorriam à arte para reverberar, quando integrantes do coletivo Confraria Socioartista instalaram obras no espaço.

Forma de expressão

Pincéis e tintas são 'armas' de artistas para denunciar assoreamento no Parque das Nações
Maurícia crê que a arte pode expressar a tristeza com o descaso com o Parque das nações (Foto: Gabriel Torres | Midiamax)

O artista visual Maurício Saraiva, de 41 anos, foi um dos que utilizou os gramados no local para passar A tela suas impressões acerca do pouco zelo do poder público. “Vou tentar retratar o que está acontecendo, pegar o assoreamento, chamar atenção do poder público e ver se fazem alguma coisa. Um lugar tão ficou esquecido e está abandonado”, considerou.

Perto dele estava Lúcia MontSerrat, de 71 anos, que também integrou o coletivo. Referência no Estado, Mont Serrat foi docente do curso de Artes Visuais da UFMS e atualmente é diretora do Marco (Museu de Arte Contemporânea de MS), que fica nas dependências do parque.

Para ela, passar para a tela o que artistas veem diante do descaso com equipamentos públicos, principalmente aqueles que despertam pertencimento afetivo, pode dimensionar e sensibilizar as pessoas a aderirem ao movimento.

Pincéis e tintas são 'armas' de artistas para denunciar assoreamento no Parque das Nações
Lúcia Montserrat trabalha no Parque e defende a arte como forma legitima de manifestação (Foto: Gabriel Torres | Midiamax)

“Ultimamente, a gente anda tendo muitas sensações de angústia. É possível passar uma emoção diferente e esse lago assoreado é uma imagem muito triste”, contou. “Sou uma artista das cores vibrantes, mas ultimamente meus tons estão escuros. Tenho muita dificuldade de me expressar alegremente”, descreve.

A programação do evento que quer dar um abraço simbólico no lago do Parque das Nações Indígenas, que contará com programação cultural, teve início às 17h e terá seu ápice quando os participantes derem as mãos em volta do espelho d´água.

Nem a chuva do início da tarde, a propósito, parece ter espantado as pessoas: bastantes famílias estão no local e devem participar da manifestação.

Assoreamento

Um dos cartões-postais de Campo Grande, o Lago do Parque das Nações Indígenas está com avançado processo de assoreamento que resultou na formação de um banco de areia. O descaso com o local indignou frequentadores, que começaram a organizar pelas redes sociais um movimento com o intuito de chamar a atenção das autoridades para o problema.

Após a repercussão do caso, o Governo do Estado – responsável pela manutenção do parque – anunciou que fará um cronograma de ações coordenadas, junto à Prefeitura de Campo Grande, para resolver o problema.

Pincéis e tintas são 'armas' de artistas para denunciar assoreamento no Parque das Nações
No início do mês, o banco de areia amanheceu com os escritos #vergonha Foto: Marcos Ermínio | Midiamax)

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