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Cotidiano

Com quarentena, famílias de Campo Grande comem só arroz na Favela do Linhão

Com as aulas paradas e com os pais sem qualquer renda por causa do coronavírus, algumas crianças viram suas dietas serem reduzidas a porções de arroz ou de mingau em Campo Grande. Na Favela do Linhão, no Jardim Noroeste, as famílias vivem uma dura realidade, onde as doações de voluntários são o único alento em […]
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Com as aulas paradas e com os pais sem qualquer renda por causa do , algumas crianças viram suas dietas serem reduzidas a porções de arroz ou de mingau em . Na do Linhão, no Noroeste, as famílias vivem uma dura realidade, onde as doações de voluntários são o único alento em um tempo tão difícil. 

Para os moradores, a pobreza sempre esteve presente, mas tudo ficou ainda mais complicado com a pandemia de coronavírus. Em barracos de apenas um cômodo, as famílias não têm o que fazer além de esperar ajuda. Alguns pais chegaram a passar dias sem ter o que oferecer aos filhos e só conseguiram aliviar a com a chegada de algumas doações, o chamado ‘sacolão’.

Com quarentena, famílias de Campo Grande comem só arroz na Favela do Linhão
Fátima só conseguiu ‘abastecer’ a geladeira após doações. (Foto: Leonardo de França)

A catadora Fátima Toledo, de 54 anos, mora na favela com a neta de 10 anos. Ela conta que não consegue sair para trabalhar, já que tem um problema pulmonar e o Covid-19 seria fatal. Além disso, ela relata que não tem conseguido vender os resíduos recicláveis. “Fazia de R$ 60 a R$ 100 por semana. Agora, só tenho o Vale Renda e conto com doações aqui na comunidade. O que tenho na cozinha é o que ganhei do sacolão”, afirma. 

Mãe de três crianças, Giovana Ojeda, de 25 anos, mora com o esposo e também não tem renda por conta da pandemia. Ela conta que a família conta apenas com o Vale Renda e que passou dois dias sem ter o que oferecer aos filhos. “Ficamos dois dias comendo arroz, depois recebi uma doação do sacolão”, diz. 

Com quarentena, famílias de Campo Grande comem só arroz na Favela do Linhão
Giovana sofre para alimentar os filhos. (Foto: Leonardo de França)

As crianças frequentam a escola, mas a mãe afirma que não conseguiu retirar o kit merenda. “Apenas me disseram que o nome da minha filha não estava na lista. Passamos fome, um dia desses eu só tinha mingau de água e fubá para oferecer”, lamenta. 

Durante a visita da reportagem, Giovana anunciou que estava vendendo um dos móveis de seu barraco, um rack. Ela afirma que aceita R$ 30 pelo móvel, para conseguir comprar leite para a filha mais nova. 

Com quarentena, famílias de Campo Grande comem só arroz na Favela do Linhão
Carla ficou três dias sem comida na prateleira. (Foto: Leonardo de França)

Carla dos Santos, de 32 anos, vive na favela com duas filhas e seu marido. Ela conta que o esposo faz limpeza em terrenos, mas que ninguém tem coragem de abrir o portão de casa para o trabalhador, por medo da transmissão do vírus. A família ficou três dias sem comida na prateleira na última semana. “Comemos só uma marmita que ganhamos de um empresário que fez doação aqui. Ficamos com o armário vazio até ganhar o sacolão”, diz. Ela também afirma que não recebeu o kit merenda oferecido nas escolas, mas não sabia bem o porquê. 

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