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Cotidiano

Famílias têm até domingo para deixar área invadida e não sabem para onde ir

Moradores de uma área privada invadida no Jardim Noroeste, em Campo Grande, foram obrigados a desocupar o local até domingo (14). A 12ª Vara Cível determinou a reintegração de posse do terreno que havia sido invadido há cerca de 4 meses. Sem ter para onde ir, as famílias lamentam morar embaixo da ponte. Agnaldo José […]
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Moradores de uma área privada invadida no Noroeste, em , foram obrigados a desocupar o local até domingo (14). A 12ª Vara Cível determinou a reintegração de posse do terreno que havia sido invadido há cerca de 4 meses. Sem ter para onde ir, as famílias lamentam morar embaixo da ponte.

Famílias têm até domingo para deixar área invadida e não sabem para onde ir
Agnaldo José, líder da comunidade. (Foto: Leonardo França)

Agnaldo José de Oliveira,28, líder da comunidade, conta que os moradores ingressaram na Justiça por duas vezes para rever a determinação, que foram negadas. Segundo ele, as famílias instalaram os barracos acreditando que o terreno era de área pública. Ele mora com a esposa e mais dois filhos.

“A dona apareceu em seguida. Intimaram com oficial de Justiça e recorremos, mas o juiz negou. Veio a ordem final para desocupar, mas eu não tenho outro lugar para ir e nem condições de alugar uma casa. Ontem (10) a tarde, veio outro oficial com três viaturas do Choque e nos deu o recado”, disse.

No local moram cerca de 20 famílias e todos estão desempregados. Com a chegada da pandemia do novo , eles relatam dificuldade e desespero. Aline do Carmo mora com as três filhas, de 5 meses, de 2 e 3 anos. Ela explica que morava de aluguel, mas dificuldades aumentaram e o dono do imóvel pediu prazo para se retirar.

“O que tenho é tudo doado. Não tenho para onde ir. Meu marido faz serviços gerais, mas parou por causa do coronavírus. Eles disseram para nos virar e sair, mas como, nessa pandemia? Passamos dificuldade, porque falta fralda e leites. Minha casa é de chão puro, quando chove molha tudo. Tem uma lona, mas cobrimos só a cama”.

A jovem Pamela Cristina,20, também passa pela mesma situação. Antes de chegar no local, morava com a mãe e seus 13 irmãos. Decidiu sair e cuida de dois irmãos, crianças de 6 e 7 anos. O é construído com pedaços de madeira, lonas e chão batido. “É muito difícil. Ainda estou vendo para onde vou, mas não sei. Quando chove, entra água e molha tudo”, lamenta.

Famílias têm até domingo para deixar área invadida e não sabem para onde ir
Área invadida no . (Foto: Leonardo França)

Com oito pessoas dentro da casa, Marcia Arruda,32, diz que teme morar embaixo da ponte. “Mora comigo meus 5 filhos, minha nora grávida e meu marido. Trabalho vendendo milho, verdura, mas não é todo dia que ganhamos”.

Conforme o processo, a intimação e pedido de reintegração corria na Justiça desde fevereiro. A reportagem do Jornal Midiamax tentou contato com a Prefeitura Municipal, mas não obteve retorno até a publicação deste material.

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