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Cotidiano

Pandemia acentua crise para mototaxistas, que buscam alternativas para manter sustento

A crise causada pela pandemia de coronavírus acentuou ainda mais as dificuldades enfrentadas por mototaxistas de Campo Grande, que há anos viram o número de passageiros diminuir drasticamente em uma batalha desleal com aplicativos de transporte. Para manter o sustento da família, os trabalhadores que vivem sob duas rodas buscam alternativas de renda. No bairro […]
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A crise causada pela de coronavírus acentuou ainda mais as dificuldades enfrentadas por mototaxistas de , que há anos viram o número de passageiros diminuir drasticamente em uma batalha desleal com aplicativos de transporte. Para manter o sustento da família, os trabalhadores que vivem sob duas rodas buscam alternativas de renda.

No bairro Moreninhas II, trabalhadores relatam que o pico de demanda acontece apenas durante a manhã, pois, moradores da região acabam se atrasando para os compromissos por causa do novo horário de funcionamento de ônibus, e ainda têm preferência pela modalidade de serviço.

Segundo um , que preferiu não se identificar, os passageiros não costumam falar sobre preocupação com falta de limpeza dos capacetes ou da moto, mas fazem limpeza com uso de álcool em gel a cada nova corrida. Porém, o movimento que já era fraco caiu em 50%, se comparado ao período sem a pandemia.

Na profissão há 4 anos, Tarcísio Gomes, 32, conta que conseguia atender cerca de 17 passageiros por dia, atualmente o máximo que atende são 10 em dias de alta procura. Além disso, costumava lucrar cerca de R$ 150 em 8 horas trabalhadas, agora, trabalha cerca de 13 horas diárias para tentar lucrar o mesmo valor. “Quase nunca tinha moto parada, no máximo 2 e agora são 6 motoristas. Não é um ou outro, é a realidade para todos, cada dia fica pior”, lamenta.

Pandemia acentua crise para mototaxistas, que buscam alternativas para manter sustento
Foto: Leonardo de França, Midiamax

Outro profissional que reclama já está na categoria há 20 anos e questiona o aumento de tributos. “O preço da corrida de mototáxi subiu de 3 a 4 vezes, nesses anos, mas o preço do óleo, gasolina e transmissão, sobem todo ano.”

Já no ponto da região central, na Rua Rui Barbosa e Aníbal de Toledo, os trabalhadores decidiram migrar para o ramo de entregas, para conseguir se manter com o movimento fraco. Um dos profissionais, que também não quis se identificar, diz que passageiro é coisa cada vez mais rara. Eles também explicam que a baixa demanda já fez três colegas saírem do local e entregar o alvará para funcionamento.

“Estamos trabalhando de , passageiro sumiu. Entrego marmita no horário do almoço. Hoje já fiz 20 entregas”, disse o motociclista que estava no ponto desde às 15h e ainda não havia feito corrida com cliente quando conversou com a reportagem, no fim da tarde.

Luis Antônio, 50 anos, está na profissão há 20 anos, e para ele, assim como para a maioria, a queda começou com o surgimento dos aplicativos de mobilidade urbana, como Uber, 99 Pop e Urban. “O coronavírus só intensificou a queda. As entregas aumentaram, mas o passageiro caiu quase 100%”, complementou o colega Silvio Cordeio.

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