O taxista Jorge Martinez, 57 anos, morreu na tarde desta quarta-feira (8) na Santa Casa de Corumbá –a 419 km de Campo Grande–, após 13 dias internado no CTI da unidade onde lutava contra o coronavírus. Hipertenso, ele é a 13ª vítima fatal da doença na cidade, conforme divulgado pelo Diário Corumbaense, e a 135ª do Estado até esta tarde.
O óbito foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde de Corumbá e marca a escalada da Covid-19 na cidade: dos 13 óbitos em Corumbá, 10 ocorreram em junho e 3 em julho. Dos 452 casos de coronavírus, mais de 50% já estariam recuperados.
Diretor técnico e responsável pelas internações por Covid-19 na Santa Casa do município, Manoel João de Oliveira explicou que Martinez dependeu de ventilação mecânica por 10 dias. Ele foi internado em 26 de junho e, no dia seguinte, obteve resultado positivo no teste para coronavírus.
Oliveira também explicou que pacientes que estão morrendo na cidade chegam ao hospital já em fase inflamatória da doença, “onde o tratamento se torna complicado pela letalidade do vírus nesse mo
mento”. O taxista já apresentou quadro muito grave no primeiro dia e, na sequência, sofreu falência renal.
No CTI da Santa Casa de Corumbá, mais 4 pacientes faziam uso de ventilação mecânica até esta tarde. Dos 20 leitos de UTI da macrorregião, 4 estão ocupados por pacientes de Covid e 1 com um caso suspeito. Outros 9 têm pacientes de outras doenças –a taxa de ocupação é de 70%.
Jorge Martinez era um dos taxistas mais antigos de Corumbá. Cláudio Reis Rodrigues, presidente do sindicato da categoria, disse que o conhecia há anos, tratando-se de alguém tranquilo, que não bebia ou fumava.
Rodrigues pediu à categoria que redobre os cuidados durante o trabalho, com uso de máscara e álcool em gel. “Tomem todas as medidas de segurança orientadas pelos especialistas da Saúde”, frisou.
Boletim divulgado na manhã desta quarta-feira totalizou 11.063 casos confirmados e anotava 134 mortes por coronavírus no Estado, com uma taxa de letalidade de 1,2%.
