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Cotidiano

Cenário de guerra: afinal, o que militares brasileiros e americanos treinam em Campo Grande até dia 3?

Exercício conjunto serve de preparação para missões da ONU
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Cargueiro americano pousou neste sábado na Capital
Cargueiro americano pousou neste sábado na Capital

A chegada de aeronaves militares em , neste sábado (21), chamou atenção de brasileiros e principalmente dos apaixonados pela aviação. Em um primeiro momento, a imponência do cargueiro da USAF (Força Aérea dos Estados Unidos), o C-17 Globemaster, atraiu os olhos de muita gente para a Base Aérea da Capital. Mas afinal, o que os militares de vários estados do Brasil e também os americanos farão em Campo Grande?

Chamado de Exercício Conjunto Tápio 2021, o treinamento é realizado no Brasil pelo quarto ano e a edição de 2021 é planejada há meses. Em maio, conferência nacional da FAB (Força Aérea Brasileira) organizou os últimos ajustes para o exercício. A Base Aérea de Campo Grande será a casa de dezenas de militares brasileiros e americanos até o dia 3 de setembro. O quantitativo total de militares não é divulgado. 

Além do cargueiro americano, que trouxe consigo dois helicópteros militares dos EUA, o MH-60 Pave Haw, também participarão do treinamento outras 30 aeronaves da FAB e 16 unidades aéreas e de infantaria que saíram de várias bases do Brasil e se concentram em solo campo-grandense. 

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Aeronave trouxe dois helicópteros Foto: Henrique Arakaki, Midiamax

De acordo com a FAB, o exercício irá preparar os militares simulando cenário de guerra. O objetivo é que as equipes estejam treinadas caso a FAB participe de missões de paz da ONU (Organização das Nações Unidas). Nesse tipo de ação, além de promover ajuda humanitária para regiões em crise, a missão também conta com ações para garantia de ordem e paz mundial, soberania, defesa patrimonial e integridade territorial do local atingido. 

Mas o que de fato os militares farão na Capital? Sem muitos detalhes operacionais, a Força Aérea explica que os grupos serão expostos em um cenário controlado que simulará uma guerra “não convencional”. Nesses casos, o combate não é de um país contra outro, por exemplo, mas sim contra forças insurgentes ou paralimilitares. Situação semelhante a que ocorre atualmente no Afeganistão após invasão do grupo extremista Talibã. 

Entre as atividades desenvolvidas no exercício em conjunto estão missões de ataque, reconhecimento aeroespacial, infiltração aérea, busca e salvamento em combate, entre outras. Todo o exercício, apesar de ocorrer no espaço aéreo de Mato Grosso do Sul, não deve impactar nos voos comerciais operados por aqui. 

Quem comanda o treinamento em Campo Grande é o Brigadeiro do Ar Clauco Fernando Vieira Rossetto. Ele detalha que o exercício é considerado fundamental para a capacitação dos militares e da instituição. “Também nos capacita para a pronta-resposta no emprego em diversas missões que são executadas pela Força”, explica.

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Aeronaves da FAB também participam do exercício (Foto: Divulgação, FAB)

Curiosos

A chegada do cargueiro americano era comentada há dias entre os apaixonados por aviação. Aguardada com expectativa, a vinda da aeronave trouxe a Campo Grande até gente que vive em outros estados, mas que fez questão de esperar por horas na Orla do Aeroporto debaixo do sol quente. 

O público contava com famílias e fãs de aeronaves que não perderam a oportunidade do registro. Fabrício Lúcio, viajou por sete horas de Maringá, no Paraná, só para acompanhar o pouso. “Dificilmente vai ter outra oportunidade de novo”, disse. O paranaense se diz apaixonado por aviões e pela importância, disse que a distância da viagem foi o de menos.

Assim como Alberto Semedo, que é de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, e viajou de ônibus até Campo Grande só para acompanhar o pouso e depois o treinamento dos militares americanos. Ele tem um site especializado no assunto. “Devo ficar aqui por duas semanas para acompanhar o treinamento que será feito junto dos americanos”.

Confira com mais detalhes o pouso e a retirada dos helicópteros do cargueiro:

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