Pular para o conteúdo
Cotidiano

Pior crise hídrica dos últimos anos: Águas descarta racionamento em Campo Grande

Concessionária afirma que trabalha em ações para garantir o abastecimento ininterrupto de água na Capital
Arquivo -

Com uma das piores estiagens dos últimos anos, o país enfrenta uma severa crise hídrica e em Mato Grosso do Sul, um alerta foi emitido pelo SNM (Sistema Nacional de Meteorologia). Com a seca, é inevitável pensar no racionamento de energia elétrica e água, mas em , a concessionária que administra a distribuição de água afirma que não irá realizar rodizio no fornecimento de água, mas pede a colaboração dos moradores.

A Águas Guariroba disse ao Jornal Midiamax que não existe a possibilidade de racionamento de água na Capital, pois trabalha em ações de modernização e implantação de redes de água nos bairros. Justamente para evitar a medida, que já vem sendo uma alternativa em outras cidades do país.

“A Águas Guariroba segue realizando normalmente os serviços de abastecimento de água em Campo Grande. A concessionária investe em ações de produção de água direcionadas para a ampliação dos serviços de abastecimento da Capital. Entre essas ações, está um cronograma de perfuração de nove novos poços em execução”, disse em nota.

Os novos poços deverão garantir um acréscimo de 1,7 milhão de litros de água por hora produzida para a cidade. A empresa estima que o investimento para as ações é de R$ 50 milhões.

Apesar dos esforços para evitar o racionamento nas casas dos campo-grandenses, a concessionária conta com a colaboração dos moradores e trabalha com campanhas para o uso consciente da água, principalmente em um momento de crise hídrica.

“A Águas Guariroba também conta com campanhas em parceria com a população para intensificar as ações sobre o uso consciente da água, evitando o desperdício de água no dia a dia”, relatou.

Medidas emergenciais contra crise hídrica

O publicou no final do mês de junho uma MP (Medida Provisória) que dá poderes excepcionais para o enfrentamento da crise hídrica ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. 

Após a repercussão negativa, o governo decidiu retirar o termo “racionalização compulsória” do texto. O trecho abria a possibilidade de o governo implementar um racionamento de energia. Não há mais nenhuma menção a programa de racionamento (corte compulsório no consumo de energia) ou a racionalização (incentivo à economia de energia).

Pela MP, todos os custos dessas decisões, financeiros e ambientais, serão pagos por meio de um encargo embutido na conta de luz – o Encargos de Serviço do Sistema (ESS), que é pago por todos os consumidores, sejam os cativos atendidos por distribuidoras, sejam os livres (grandes consumidores, como indústrias).

O governo trocou também o nome e a composição do grupo que poderá determinar mudanças nas vazões de reservatórios e hidrelétricas. Agora, as ações serão da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG) – na versão anterior, era Câmara de Regras Operacionais Excepcionais para Usinas Hidrelétricas (CARE).

O texto prevê que o ministro poderá praticar atos “ad referendum”, o que significa que Bento Albuquerque poderá definir medidas de forma individual, antes das deliberações com o restante das autoridades. Essas decisões deverão ser analisadas posteriormente nas reuniões.

Caberá ao comitê “adotar medidas emergenciais para enfrentar os riscos de escassez hídrica, a fim de garantir a continuidade e segurança do suprimento eletroenergético”. Presidido pelo ministro de Minas e Energia, o grupo será formado ainda pelos ministros do Desenvolvimento Regional, Agricultura, Meio Ambiente, Infraestrutura e da Economia – este último estava ausente na primeira versão da MP e foi incluído pelo novo texto

A MP, porém, não traz muitos detalhes sobre o que seriam as “medidas excepcionais” que poderão ser adotadas.

Termoelétrica reativa em Campo Grande

Para suprir a demanda de energia elétrica em face da crise hídrica que o Brasil passa, a UTE (Usina Termelétrica) William Arjona, em Campo Grande, será reativada neste mês de julho. Adquirida pelo Grupo Delta Energia em 2019, a William Arjona se prepara para entrar em funcionamento em julho de 2021, com uma produção de energia que pode suprir parte da queda na geração das hidrelétricas, que sofrem com o nível baixo dos reservatórios em virtude do período de estiagem que atinge boa parte do país. 

“Estamos trabalhando para atuar com o menor impacto possível ao meio ambiente. O mercado aguardava por mais incentivos e, se queremos ver os setores produtivos novamente ativos, de forma duradoura, teremos de avançar em diversas frentes de geração de energia. Com a UTE William Arjona, o Grupo Delta inicia a entrada no mercado da geração. Esse é um processo que não deve parar. E, como já citado, novos projetos de geração estão nos nossos planos”, afirma Luiz Fernando Leone Vianna, presidente da Delta Geração.

Com a mais grave crise hídrica dos últimos 91 anos, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), causada pela escassez de chuvas no Brasil, a utilização de outras fontes de energia se tornam imprescindíveis para manutenção do desenvolvimento e de luz elétrica em todo território nacional. Neste cenário, a reativação da UTE (Usina Termelétrica) William Arjona, em Campo Grande, movida a Gás Natural distribuído pela MSGÁS (Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul), é importantíssima para o país. 

“A MSGÁS é uma Companhia que presta serviços públicos de distribuição de gás natural. Atender à UTE-WA em um momento de necessidade nacional de disponibilidade de energia, em face da crise hídrica instalada e da iminente retomada econômica, reforça ainda mais nosso papel e responsabilidade perante a Sociedade”, destacou o diretor técnico e comercial da Companhia, Bernardo Celestino Prates. 

A usina irá operar na categoria de ‘Merchant’, ou seja, sem contrato firme de venda de energia, portanto a previsão de consumo dela é muito incerta ainda. A expectativa é de que funcione pelos próximos 3 meses. (*Com Gabriel Maymone)

Como economizar?

Água:

  • Tome banho rápido
  • Use a capacidade máxima da máquina de lavar roupas, e estabeleça um dia para lavar a roupa da família
  • Limpe os restos de comida antes de lavar a louça
  • Lave frutas e verduras na bacia
  • Feche bem todas as torneiras da casa
  • Evite vazamentos em casa
  • Lave o carro com balde
  • Tenha o hábito de usar a vassoura, e não a mangueira para limpar a calçada e o quintal da sua casa.

Energia:

  • Invista nas lâmpadas certas: Troque as lâmpadas eletrônicas pelas de LED.
  • Use fotocélulas no exterior e em varandas: As células fotoelétricas acendem apenas à noite, quando a sombra as alcança, por isso ajudam a economizar energia em casa. No , outra boa pedida são as luminárias solares, que armazenam a energia do sol durante o dia e acendem à noite sem gastar nada de energia elétrica artificial.
  • Evite deixar aparelhos eletrônicos em stand by: Mesmo desligados, o aparelhos eletrônicos em stand by podem representar um gasto elétrico de até 12%.
  • Racionalize o uso do ferro elétrico, chuveiro e da máquina de lavar: Evite usar esses aparelhos, considerados de alto consumo, nos horários de pico. O consumo é maior e eles acabam puxando ainda mais, fazendo o reloginho andar mais depressa. O chuveiro elétrico gasta mais entre 18h e 21h, quando a maioria das pessoas chega do trabalho.
  • Regule a temperatura da geladeira de acordo com a estação: Use o termostato da geladeira de acordo com a temperatura ambiente. No inverno, ao contrário do verão, ele não precisa ficar no máximo, ajudando a economizar energia.
  • Evite deixar fogão e geladeira muito próximos: Quando estão muito próximos, fogão e geladeira podem interferir um no consumo de energia do outro por causa da diferença de temperaturas.
  • Tire os aparelhos da tomada no final do expediente: Em tempos de homeoffice, tire os aparelhos da tomada se só usá-los novamente no dia seguinte.
  • Verifique a borracha de vedação da geladeira: Borrachas em mal estado de conservação fazem a geladeira ligar o motor mais vezes para manter a temperatura. Mantê-las sempre novas ajuda a conservar melhor os ambientes e a gastar menos energia.
  • Não forre as prateleiras da geladeira: Aqueles forrinhos nas prateleiras podem até ser bonitinhos para alguns, mas prejudicam a circulação do ar frio. A geladeira também trabalhará mais, puxando mais energia, para compensar.
  • Mantenha os filtros dos aparelhos de ar-condicionado bem higienizados: O filtro sujo também faz com que o temporizador do ar-condicionado seja acionado mais vezes para manter a temperatura. Filtros bem higienizados e limpos também significam economia de energia em casa.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Carro fica crivado com 14 tiros na região de fronteira

Documentário ‘Mulheres na Ciência’ será exibido na TV aberta

Treino aberto de equipes da Supercopa de Vôlei dá oportunidade para torcedores que não poderão assistir os jogos

Barroso vota por descriminalizar aborto até 12ª semana de gestação

Notícias mais lidas agora

Detran-MS

MP autoriza prorrogar pela oitava vez inquérito contra indicado de político por corrupção no Detran-MS

Treino aberto de equipes da Supercopa de Vôlei dá oportunidade para torcedores que não poderão assistir os jogos

multas transporte

Juiz ignora ameaça de cortar vale-transporte e nega suspender multas contra o Consórcio Guaicurus

Familiares procuram por Evelin, desaparecida há nove dias em Campo Grande

Últimas Notícias

Polícia

Mulher é vítima de tentativa de homicídio com golpes de facão da cabeça

O crime ocorreu na região da Avenida Guaicurus

Brasil

Barroso autoriza enfermeiros a auxiliar aborto legal e proíbe punição

O ministro também garantiu que os profissionais não podem ser punidos

Brasil

Câmara já gastou R$ 3,3 milhões com deputados presos ou fora do Brasil

R$ 3,3 milhões para custear gastos do gabinete de parlamentares

Polícia

Quatro agressores são presos pela Delegacia da Mulher em menos de 12 horas

4 agressores foram presos pela Delegacia de Atendimento à Mulher de Três Lagoas