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Cotidiano

Referência no Brasil, infectologista de MS cobra medidas contra Covid-19 em carta aberta

Diante do cenário preocupante, o infectologista cobrou medidas urgentes contra a Covid-19 no país por meio de carta aberta. 
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Desde o início da pandemia, o infectologista Júlio Croda, permanece em destaque quando o assunto é coronavírus. O profissional que faz parte da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), acompanha diariamente a evolução da pandemia em e no Brasil. Diante do cenário preocupante, o especialista cobrou medidas urgentes contra a Covid-19 no país por meio de carta aberta.

Assim, Croda publicou a carta nas redes sociais no último sábado (6). No início, o infectologista anuncia com pesar que o Brasil já passou das 260 mil vítimas fatais da Covid-19 e vem registrando recordes de mortes todos os dias. “Muitas delas poderiam ter sido evitadas, se medidas sanitárias eficazes e políticas públicas coordenadas tivessem sido implementadas para a mitigação do espalhamento do vírus”.

Então, o infectologista destacou que o momento é de dificuldades, até mesmo para os que estão por trás das descobertas que trazem soluções possíveis para o vírus. “Nesse momento sofrido da nossa história, como pesquisadores das áreas da Vida e da Saúde, não poderíamos deixar de nos pronunciar e pedir pela preservação da vida do povo brasileiro, acima de qualquer outra prioridade”.

Além disto, o pesquisador apontou que a ciência também passa por preocupações financeiras no país. “Essas e outras pesquisas relevantes para o desenvolvimento soberano do país estão agora ameaçadas pelos cortes no financiamento à pesquisa feitos nos últimos anos no Brasil”. Assim, Croda se preocupa com o futuro dos projetos e gerações novas de pesquisadores brasileiros.

“É importante também destacar o papel que o SUS (Sistema Único de Saúde) tem desempenhado no enfrentamento dessa crise de saúde pública”, disse na carta. Também com cortes orçamentários, Croda reforça que existe uma “camisa de força orçamentária impedindo que gastos necessários que salvariam vidas fossem feitos”.

Por fim, o pesquisador sul-mato-grossense escreveu uma lista de medidas urgentes que devem ser adotadas pelo Governo Federal para tirar o Brasil da situação de calamidade da pandemia. Confira a lista na íntegra:

  1. ção em massa da população e em velocidade maior do que ocorrida até o presente momento, já que esta é a única estratégia eficaz para conter a evolução da pandemia. Vacina sim, e já, e para todos!
  2.  Enquanto não conseguimos implementar a vacinação de toda população, é essencial reforçar a adoção de medidas sanitárias que reduzam a taxa de contágio da doença, que podem, inclusive se necessário, incluir o fechamento parcial ou total do comércio não essencial, escolas e serviços em cidades onde o sistema de saúde se aproxima do colapso, para evitar perda de vidas por falta de atendimento. Essas medidas duras e amargas fazem-se necessárias para diminuir a disseminação do vírus, a velocidade com que novos casos surgem e, principalmente, reduzir as chances de aparecimento de novas variantes do vírus;
  3.  Reforço através de campanhas publicitárias nacionais enfatizando a necessidade imperiosa da adoção das medidas sanitárias recomendadas pelas principais agências mundiais de saúde como o distanciamento social e o uso de equipamentos de proteção individual, como máscaras;
  4.  Banimento definitivo de tratamentos medicamentosos inócuos e enganosos para a prevenção da infecção pelo coronavírus propagandeados nas mídias sociais, para os quais não existem evidências científicas de sua eficácia. Somente a vacinação e medidas sanitárias preventivas têm esse papel cientificamente comprovado;
  5.  Maior destinação orçamentária que permita o financiamento das atividades de pesquisa e de bolsas para os estudantes de do país, evitando que grupos de pesquisa e Programas de Pós-Graduação se desmanchem e que cérebros sejam perdidos e
  6.  Maior destinação orçamentária ao SUS, o maior sistema de saúde pública do globo, que precisa ter condições para garantir atendimento de qualidade aos seus usuários, em especial durante esta pandemia, evitando que médicos tenham que fazer “escolhas de Sofia” inimagináveis e desumanas.

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