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Cotidiano

‘Área perigosa’: alerta para aplicativos gera frustração a moradores mais distantes do Centro de Campo Grande

Passageiros relatam dificuldades para conseguir corrida, mas motoristas se sentem mais seguros com o alerta
Gabriel Neves -
área perigosa
Motoristas buscam maior segurança com uso da funcionalidade

Esperar por uma corrida de aplicativo se tornou maçante e até mesmo estressante em . A situação não é recente e afeta usuários na maioria dos bairros da cidade. Embora o problema pareça geral, alguns passageiros se sentem mais prejudicados que outros, porque moram em locais considerados como ‘área perigosa’, geralmente mais distantes do Centro.

A classificação de ‘área perigosa’ parte dos próprios aplicativos. Motoristas ouvidos pela reportagem explicam que a empresa 99 Pop possui o serviço nativo, enquanto a necessita de outros programas para sinalizar o ‘risco’. Com isso, eles deixam de aceitar corridas que levam a esses locais, com o argumento de preservar a própria segurança.

Print ilustra como a área é classificada em um dos aplicativos.

Para o presidente da Aplic (Associação dos Parceiros de Aplicativos de Transporte de Passageiros e Motoristas Autônomos de Mato Grosso do Sul), Paulo Pinheiro, o recurso ajuda os motoristas, que sofrem com a falta de segurança durante a realização do trabalho.

Área perigosa?

Embora cômodo para aqueles que detêm o poder de aceitar ou recusar as solicitações, a funcionalidade causa transtorno para passageiros que moram nos bairros indicados como ‘perigosos’. Noroeste, Carioca, Los Angeles, Zé Pereira e Caiobá fazem parte da lista, e voltar para casa se tornou um tormento para os que residem nesses locais.

Marley de Freitas, de 53 anos, mora no e conhece a dificuldade de quem necessita de aplicativos do tipo para se locomover. “Meu filho deixou o carro no mecânico esses dias e utilizou o aplicativo. Ele precisou esperar muito e acho que só aceitaram porque ele estava saindo de uma mecânica, se fosse de festa?! Jamais”.

Ela comenta que também já precisou utilizar o aplicativo, pois iria realizar uma viagem. A moradora explica ter combinado com a motorista e ainda assim não conseguiu a corrida. “Era amiga de uma colega. Eu mandei um ‘whats’ e ela confirmou. No dia, não apareceu”, comentou.

Maicon Ramos, de 31 anos, autônomo, afirma utilizar aplicativos de carona paga diversas vezes na semana e já identificou costumes dos motoristas. “Aqui no Noroeste, até no Estrela Dalva é muito complicado. Depois das 18h nenhum motorista vem para cá. Demora, mas uma hora aceitam. Depois desse horário não”, comentou.

O vendedor autônomo ainda conta que sair do bairro não é tão complicado. “Nos primeiros horários tem motoristas que moram aqui, então eles aceitam para sair e começar a trabalhar e quando algum aceita trazer alguém, já quer sair, então aceita rápido, mas para sair de um lugar e voltar para casa é muito difícil”, explica.

Print ilustra como a área é classificada em outro aplicativo.

O presidente da Aplic comenta que entende a reclamação dos usuários, mas frisa que o recurso é pensado na segurança dos motoristas e indica que os mesmos conheçam a cidade para não deixar de atender os clientes.

“Nós dizemos para quem está começando a trabalhar, ficar na região que conhece, porque aí você vai evitar entrar nessas áreas de risco. Nós informamos que algumas áreas de risco que aparecem ali nem são áreas de risco, por isso a gente [diz] para o motorista conhecer mais a cidade e saber onde realmente estão esses locais”, finalizou.

A reportagem entrou em contato com a Uber, que frisou não possuir a funcionalidade nativa no aplicativo. A empresa 99 Pop também foi contatada, mas não respondeu, o espaço segue aberto para manifestação.

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