Pular para o conteúdo
Cotidiano

Em 6 anos, esforço conjunto transforma MS em referência nacional na destinação de resíduos sólidos

Desde de 2016, Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado, Governo e municípios têm se empenhado em adequar a destinação do lixo
Arquivo -
Coleta de lixo em Campo Grande. (Foto: Ilustrativa, Divulgação)

Desde 2016, vem passando por uma transformação profunda na forma como destina os resíduos sólidos produzidos nos municípios do Estado. A transformação, sustentada pela união de esforços de várias esferas públicas, busca atender a Lei 12.305/10, que estabelece o prazo final para encerramento dos lixões, primeiramente prevista para agosto de 2014.

Isso quer dizer que, teoricamente, até esta data os rejeitos urbanos deveriam estar dispostos de forma ambientalmente correta. Porém, como muitos municípios ainda estão com dificuldades para cumprir o prazo, a data se estendeu para o intervalo entre 2021 e 2024, segundo o tamanho da população municipal.

Mesmo com prazo dilatado, Mato Grosso do Sul parece ter se antecipado e agora serve de exemplo para outros estados. Um dos exemplos dessa atenção dada ao tema, foi parceria criada em 2015 entre o Ministério Público do Mato Grosso do Sul e o Tribunal de Contas do Estado, que deu origem ao “Projeto Resíduos Sólidos – Disposição Legal”, que mostrou como o estado implantou um dos maiores exemplos bem-sucedidos de ação do poder público no fechamento de lixões.

O projeto tem como foco implantar fontes de arrecadação específicas para custear os serviços de limpeza urbana e promover acordos regionais para viabilizar a atividade por meio de ganho de escala, além de acordos para tramitações de processos judiciais relacionados a esse universo.

Com isso, a evolução é significativa. No início do Projeto, em 2016, MS tinha 80% da disposição final dos resíduos sólidos domiciliares sendo feita de forma inadequada, ou seja, em lixões que são espaços a céu aberto, sem qualquer planejamento ou ações voltadas à preservação ambiental e à saúde pública.

[Colocar ALT]
Lixo jogado em (Foto: Arquivo/JT -BV News)

Porém, em 2020, o cenário se inverteu. Com todos os investimentos feitos para estruturação operacional, passamos a ter 80% do Estado com a disposição final adequada. Atualmente os lixões são minoria e os aterros sanitários, locais preparados para receber os resíduos, com solo nivelado e impermeabilizado para que nenhuma substância possa contaminá-lo, prevalecem. MS também tem a maior parte dos resíduos domiciliares sendo decompostos de forma controlada, com do chorume e dos gases que, inclusive, podem ser reaproveitados.

Questão dos aterros

Antes de 2016, dos 15 aterros sanitários financiados pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde), apenas 1 estava em operação; 3 estavam com capacidade esgotada, 7 nem haviam entrado em operação e 4 foram transformados em lixões. Além disso, havia o problema da demanda. Municípios pequenos não geravam resíduos suficientes para manter um aterro sanitário. A solução foi estimular a formação de consórcios em que um aterro pode receber resíduos de várias cidades ao redor.

A medida revelou-se viável e sustentável do ponto de vista econômico, o que atraiu o interesse da iniciativa privada. Tanto que, 70% do volume de resíduos sólidos são destinados a aterros privados, o maior está em Campo Grande (44% do total), outros dois em (22%), 1 em Sidrolândia (6%) e outro em Três Lagoas (5%). Em 2015, ainda, apenas três cidades possuíam algum modelo de cobrança pelo serviço de limpeza urbana. Hoje são 20.

Histórico

Fora a porcentagem já apresentada, hoje em dia, dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 66 já dispõem de serviço adequado de destinação e disposição de resíduos sólidos. O número é quatro vezes maior do que a realidade encontrada em 2016, quando apenas 16 municípios estavam cumprindo as normas ambientais exigidas, segundo a Consultoria de Projetos Especiais e do Tribunal de Contas Estadual (TCE/MS)

 “Isso foi fruto de um esforço das instituições que vão a campo, identificando o local desses lixões e apresentando para as prefeituras as soluções viáveis, que tem sido o transporte do lixo de uma cidade próxima para aterros sanitários”, disse Luciano Loubet, promotor de justiça e diretor do Núcleo Ambiental do Ministério Público do Mato Grosso do Sul.

 

 

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Carro fica crivado com 14 tiros na região de fronteira

Documentário ‘Mulheres na Ciência’ será exibido na TV aberta

Treino aberto de equipes da Supercopa de Vôlei dá oportunidade para torcedores que não poderão assistir os jogos

Barroso vota por descriminalizar aborto até 12ª semana de gestação

Notícias mais lidas agora

Detran-MS

MP autoriza prorrogar pela oitava vez inquérito contra indicado de político por corrupção no Detran-MS

Treino aberto de equipes da Supercopa de Vôlei dá oportunidade para torcedores que não poderão assistir os jogos

multas transporte

Juiz ignora ameaça de cortar vale-transporte e nega suspender multas contra o Consórcio Guaicurus

Familiares procuram por Evelin, desaparecida há nove dias em Campo Grande

Últimas Notícias

Polícia

Mulher é vítima de tentativa de homicídio com golpes de facão da cabeça

O crime ocorreu na região da Avenida Guaicurus

Brasil

Barroso autoriza enfermeiros a auxiliar aborto legal e proíbe punição

O ministro também garantiu que os profissionais não podem ser punidos

Brasil

Câmara já gastou R$ 3,3 milhões com deputados presos ou fora do Brasil

R$ 3,3 milhões para custear gastos do gabinete de parlamentares

Polícia

Quatro agressores são presos pela Delegacia da Mulher em menos de 12 horas

4 agressores foram presos pela Delegacia de Atendimento à Mulher de Três Lagoas