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Cotidiano

Meninas de 1 a 2 anos: confira perfil de crianças com casos suspeitos de hepatite ‘misteriosa’

Em Mato Grosso do Sul, atualmente são 3 casos suspeitos de hepatite aguda
Aliny Mary Dias -
hepatite misteriosa
Ministério da Saúde tem 106 notificações da doença em todo país (Foto: Reprodução)

Desde que os casos de hepatite aguda grave — a hepatite ‘misteriosa’ — em crianças e adolescentes começaram a ser registrados e monitorados no Brasil, Mato Grosso do Sul já teve a notificação de cinco menores de idade com casos suspeitos. Atualmente, três seguem sob investigação e aguardam a conclusão de exames. Dados divulgados nesta semana pelo Ministério da Saúde revelam o perfil dos pacientes suspeitos para a doença e também os sintomas mais comuns.

Diante do aumento de casos em todo o mundo e com 76 notificações no Brasil, sala de situação foi criada pelo Ministério da Saúde para acompanhar a evolução da hepatite aguda ‘misteriosa’, ou seja, sem causa definida. Dados divulgados nesta semana revelam detalhes dos sintomas que mais se manifestaram nas crianças e adolescentes e também o perfil dos pacientes.

Conforme os dados, que refletem o cenário nacional, 53,1% dos casos notificados são de meninas. A faixa etária predominante é de 1 a 2 anos (26,6%), seguido por pacientes com 15 a 16 anos (14,1%), 3 a 4 anos (12,5%), 7 a 10 anos (9,4% cada faixa), 13 a 14 anos (10,9%), 5 a 6 anos (6,2%), 11 a 12 anos (6,2%) e menores de 1 ano representam 4,7% dos casos notificados.

Em relação aos sintomas mais comuns, segundo o Ministério da Saúde, os pacientes têm apresentado, na seguinte ordem de frequência: febre, icterícia, vômito, dor abdominal, urina escura, diarreia e fezes brancas.

Apesar de desconhecida, a causa da hepatite aguda grave nos menores de idade já vem sendo estudada por pesquisadores de todo mundo. Atualmente, há associação de crianças e adolescentes que tiveram e agora apresentaram a hepatite aguda. Relação da doença com a vacinação contra coronavírus até o momento está descartada pelas autoridades em saúde.

Investigação e casos em MS

Em relação aos casos suspeitos em Mato Grosso do Sul, dois foram descartados, e uma das crianças monitoradas, um bebê de 1 ano, morreu em hospital particular da Capital. Segundo a (Secretaria Municipal de Saúde), o caso foi descartado porque não se enquadrou nas definições do Ministério da Saúde e posteriormente houve confirmação de que a criança morreu vítima do metapneumovírus.

Os três casos que permanecem sob investigação aguardam resultados de exames que estão sendo feitos no Laboratório de Hepatives Virais da Fundação Fiocruz, no . Conforme a fundação, o prazo para a conclusão dos exames é de 15 dias.

Casos graves e tratamento

Médico hepatologista e pesquisador do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Hugo Perazzo, afirma que os casos ocorridos na maioria em crianças menores de 5 anos chamam atenção pela gravidade da doença.

Segundo o especialista, 15% dos casos registrados em todo o mundo necessitam de internação em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e 10% deles foram submetidos a transplante de fígado.

“É como se tivesse uma do fígado na sua função e quando isso acontece precisa ser substituído e por isso é necessário o transplante. Quando uma hepatite aguda tem uma evolução ruim esse deve ser o tratamento”, explica o médico.

Transplante hepático não é realizado em Mato Grosso do Sul. Em novembro do ano passado, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) divulgou que estudava criação de um serviço de transplante renal e hepático em parceria com o Hospital do Pênfigo de . A ideia era a criação de um Centro Especializado em Hepatologia, o projeto segue em tratativas e pacientes que precisam de transplantes de fígado, atualmente, precisam ser encaminhados para hospitais de fora de Mato Grosso do Sul.

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