A IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) inaugurou neste sábado (5) a expansão de novos blocos de tecnologia. O evento contou com a presença do Ministro da educação Milton Ribeiro, que pela primeira vez visitou uma unidade em Campo Grande, afirmando o envio de outras emendas de R$ 10 milhões para a instituição. Entretanto, foi recebido por manifestantes na entrada do local.
O instituto apresentou a ampliação das salas modulares, da usina fotovoltaica, IFMaker e lançou o futuro Bloco F, que deve ser concluído em dezembro deste ano, orçada em R$ 7 milhões.
Segundo a professora doutorada do curso de eletrotécnica e coordenadora do laboratório, Rhasla abrao, o espaço irá favorecer a inovação dos estudantes. O local já conta com impressora 3D, material de solda, ferramentas em geral, eletrônicos e um cortador a laser.
“[O objetivo] é propiciar o espaço aos alunos para uma formação mais completa, além da sala de aula, desenvolvendo criatividade, trabalho em equipe e sustentabilidade”, explica. Durante meses na pandemia, alunos e profissionais desenvolveram demandas como a produção das face shield, as máscaras transparentes.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Tereza Cristina também acompanhou a solenidade agradecendo a presença do colega que veio ao instituto pela primeira vez.
“Os jovens quando chegam na universidade não sabem o que querem (indecisão quando a profissão). Quando vão para IFMS chegam mais maduros e preparados, aproveitando muito mais a universidade. Que a gente possa dar uma vida melhor para os jovens. E o jovens brasileiros precisam estar melhor, equipados e educados porque a concorrência no mundo hoje é muito forte”.
Do lado de fora, manifestantes partidários do PCdoB protestavam contra a visita. O ministro chegou a questionar a atitude. “Agradeço a Deus de viver no Brasil, porque se fosse em Cuba ou na Venezuela, que eles tanto gostam, estariam presos”.
Sobre o ensino em MS, Ribeiro disse que o Governo Federal pretende investir em formação no ensino técnico, usando como exemplos países de modelo, como a Alemanha. “O mercado de trabalho está ‘comprando’ pessoas técnicas e não bacharéis, não que ninguém possa entrar em uma universidade. A IFMS é fenomenal. Um dos objetivos do governo é cuidar das crianças. Uma pedagogia equivocada aconteceu em crianças que chegam analfabetas aos 10 a 12 anos”, disse.
Ele afirmou que após o pedido da reitoria da instituição solicitar verba de R$ 10,4 milhões, o governo deve destinar o valor. “Esse dinheiro é do povo, que voltou para o povo sem desvios”, finaliza.
