Pular para o conteúdo
Cotidiano

No Caiobá, famílias reassentadas pela prefeitura vivem em barracos e sofrem com as chuvas

Famílias que viviam na Comunidade Lagoa foram reassentadas pela prefeitura na região do Portal Caiobá.
Priscilla Peres, Ranziel Oliveira -
Famílias sofrem com as chuvas. (Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax)

Há cerca de um mês, 34 famílias que viviam na Comunidade Lagoa foram reassentadas pela prefeitura na região do Portal Caiobá. As famílias estão vivendo em barracos improvisados e sofrendo com as chuvas, que invade as “casas. Eles reclamam de falta de assistência social.

Evaldo Pereira da Silva, 44, mora em um barraco improvisado com a esposa, que veio abaixo durante a madrugada desta quarta-feira (28). “Ontem eu estava no meu barraco e veio uma rajada de vento, abaixei junto com a minha esposa e ele demorou em cima de nós. Construí outro hoje às pressas. Precisamos de uma lona, nos sentimos bem humilhados pelos governantes”, conta.

Cada família recebeu um lote e R$ 6.000 pelo programa Credihabita, para a aquisição de materiais de construção. Edivaldo afirma que não comprou materiais pois o valor é mais caro para pagar com o benefício e não conseguiria muita coisa. Assim como ele, outras pessoas estão na mesma situação com as casas.

Paula Correa de Souza, 30, mora com o marido e quatro filhos. Eles usaram o valor para fazer um muro em volta do terreno. “Colocaram a gente aqui, deram o valor, mas ficou muito caro para construir. É difícil. Nessa chuva, por cima molha tudo, cama, roupa”.

Marcela de Oliveira Candelária, 43, mora sozinha e cobra assistência social do município. “Você vai atrás da e eles não querem saber de nada. Olha a situação que estamos vivendo. A água entra em tudo, as paredes estão cheias de mofo. Tenho polaridade, depressão. Minha geladeira estragou e as parece estão abrindo”.

Barracos improvisados são moradia de famílias. (Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax)

Projeto de reassentamento para 200 famílias

Famílias que moravam na comunidade do Lagoa começaram a receber lotes de 200 metros quadrados, num parcelamento onde estarão livres do risco de alagamentos que ocorriam às margens do rio quando chovia.

Elas pagarão pelo lote no Portal Caiobá, prestações fixadas em 10% do salário mínimo vigente à época da assinatura do contrato e poderão parcelar o valor social do lote em até 300 meses (30 anos).

No processo do reassentamento, houve a preocupação de manter os núcleos familiares próximos dentro do loteamento. Mães e filhas que já têm netos continuarão vizinhas. O reassentamento ocorre 3 meses após o cadastro social.

O que diz a prefeitura

Em nota a prefeitura informa que, a Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários informa que está em andamento o processo de reassentamento das famílias da comunidade Lagoa, e estão sendo assistidas pela equipe da Diretoria de Regularização Fundiária da Amhasf. As ligações de água e energia já foram solicitadas às concessionárias, sendo que os procedimentos estão em fase de finalização para implantação junto a (cuja infra será paga pela Prefeitura) e também da rede junto à Energisa, cuja infraestrutura será viabilizada pela concessionária. A Prefeitura já solicitou celeridade nesses processos e trabalha para atender, o mais rápido possível, a comunidade Lagoa, assegurando o reassentamento em local digno, neste parcelamento livre de alagamentos, diferente do que ocorria na área de APP em que se encontravam, às margens do Rio Anhanduí.

Essas famílias também passam a ser acompanhadas pelas equipes da SAS, por meio do Cras Vila Gaúcha, que é a unidade referendada para atender os moradores da região. Todas as famílias que buscam o CRAS são atendidas pela equipe da unidade, que realiza a inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do para requerer benefícios socioassistenciais, como o Auxílio Brasil e o Benefício de Prestação Continuada.

A SAS informa que os técnicos da unidade fazem visitas periódicas ao local e, em períodos de chuva, mantêm contato permanente com as lideranças da região para atender as famílias com benefícios eventuais, como cesta básica e cobertores.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Estão abertas as inscrições para participar do Laboratório de Projetos de Curta-Metragem

tereza

Comissão de Reforma Agrária aprova novas regras para registros de terras na fronteira

Trump se contradiz sobre realização de reunião com Xi Jinping e aumenta incerteza de encontro

gaby spanic a fazenda

Chocante? Gaby Spanic revela quem quer que vença A Fazenda 17 e quem não quer que ganhe de jeito nenhum

Notícias mais lidas agora

Justiça suspende mais de 200 ações de moradores contra fedor da JBS no Nova Campo Grande

Prefeito barrou investigação de contratos suspeitos de fraude 2 meses antes de prisão em Terenos 

Supercopa de Vôlei supera expectativas e reúne público equivalente à capacidade máxima do Guanandizão

Em alusão ao mês da Consciência Negra, Casa de Cultura terá oficina gratuita de capoeira

Últimas Notícias

Brasil

DF: professor é agredido por pai de aluna por causa de celular

Menina estava mexendo no celular durante a aula e professor pediu para ela guardar o aparelho

Transparência

MP vai devolver aparelhos a ex-coordenador da Apae suspeito de agiotagem com dinheiro de corrupção

Prática seria forma de 'lavar' mais de R$ 8 milhões desviados da entidade, segundo o MP

Política

Contrato da Rota da Celulose deve ser assinado até dezembro, diz Riedel

Consórcio Caminhos da Celulose venceu leilão para concessão

Polícia

Assassinado em lava rápido foi executado com 10 tiros no tórax por dupla em motocicleta

A outra vítima segue internada no hospital