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Pandemia pode se tornar endemia em breve, mas o que isso muda na prática em MS? Entenda

Secretaria estadual de saúde acredita que momento da doença torna o rebaixamento aceitável
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se encontrou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na tarde desta terça-feira (15) para discutir sobre a possibilidade da pandemia da covid-19 ser rebaixada para endemia em todo o país. Queiroga, na semana passada, também se encontrou com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para tratar do assunto. Com a questão latente entra a população, muitos sentem dúvidas caso o desejo do ministério se concretize.

Antes de entender as mudanças causadas pelo rebaixamento da pandemia para endemia é preciso entender se isso pode ou não ocorrer e quais a condições para que a decisão seja tomada. De acordo com o infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Júlio Croda, o cenário atual da doença não é propício para que o desejo do Ministério da Saúde seja acolhido.

“Não compete ao ministro da saúde de transformar essa pandemia em endemia. Essa mudança só pode ocorrer conforme a diminuição da letalidade da doença e de seu impacto sobre os serviços de saúde”, comentou o infectologista. Para Croda, não existe um decreto que irá acabar com a pandemia e decisão não pode ser tomada por um país de forma isolada, mas sim por um consenso mais amplo ou partindo da própria OMS (Organização Mundial da Saúde), após análise global do avanço da doença.

Para ele, cada município ou estado deve acompanhar e analisar os indicadores da doença e realizar avaliações de riscos, que podem ser considerados altos ou não. Dessa forma, cada executivo poderá diminuir as exigências, como a desobrigatoriedade do uso de máscara, o que não indica o fim da pandemia. “Uma volta à normalidade não é o fim da pandemia”, frisou Croda.

Ainda assim, muitas pessoas possuem dúvidas sobre os impactos da decisão — caso seja tomada — no dia a dia da população. A máscara deixará de ser obrigatória? Os decretos deixam de valer? Em busca do esclarecimento das dúvidas, o Jornal Midiamax questionou as autoridades de saúde do Estado sobre o assunto. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, mudanças podem ocorrer, mas são poucas.

Resende explica que, na prática, apenas decretos de Estado de Emergência seriam ‘derrubados’, mas decretos vigentes com exigências sanitárias, mesmo que publicados durante a pandemia, continuam a valer. “Não muda nada”, comentou Resende, ao explicar que os decretos vão sendo modulados de acordo com o avanço da doença, “mas para a população não muda nada”, disse. Em resumo, cidades e estados onde uso de máscaras, distanciamento e outras medidas ainda são exigidas, as condições seguem as mesmas, salvo novas publicações desobrigando-as.

Apesar disso, Resende afirma acreditar já estarmos no momento para que o rebaixamento para endemia ocorra. “Nós já suspendemos quase todos os decretos [publicados ao longo da pandemia]”, explicou.

Números da covid

Dados disponibilizados no Painel Mais, que monitora dados da doença no Estado, apontam que possui 516.213 casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia, equivalendo a 35,28% da população. No mesmo período foram confirmados 10.453 óbitos, equivalente a 2% da população. Em relação aos vacinados, 74,92% da população são considerados imunizados, ou seja, tomaram todas as doses da vacina, entre os que tomaram apenas a primeira dose, o percentual cresce para 86,97%.

Dados do Ministério da Saúde, da última sexta-feira (11), apontam que 91% da população brasileira acima de 12 anos já havia tomado a primeira dose da vacina. Desse mesmo grupo, 84,38% completaram o esquema vacinal e apenas 36,48% das pessoas acima de 18 anos receberam a dose de reforço. O país soma cerca de 656 mil mortes para a covid-19 e aproximadamente 29,4 milhões de infectados.

Encontro entre Queiroga e Pacheco

A reunião entre Rodrigo Pacheco e Marcelo Queiroga ocorreu nesta terça-feira (15), na residência do presidente do Senado. No momento, Pacheco alega ter relatado ao ministro preocupação com a nova onda do vírus, vista na China, mas afirmou que lerá o assunto para o Senado.

“Diante da sinalização, manifestei ao ministro preocupação com a nova onda do vírus, vista nos últimos dias na China. Mas me comprometi a levar a discussão aos líderes do Senado”, publicou o presidente do Senado em sua rede social.

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