Para aproveitar o domingo ensolarado, muitos campo-grandenses saíram cedo de suas casas para curtir a Feira Bosque da Paz, que acontece todo 3° domingo do mês, até às 15h.
Com mais de 500 expositores e programação para a família toda, a 14ª edição da feira conta com o 1º Halloween Pet, um concurso para os animaizinhos que forem fantasiados, além de atração cultural regada por folk, danças, rock, samba e blues.
E, embora seja uma edição especial de Dia das Crianças, os artigos natalinos já ganham espaço nos expositores e chamam a atenção de quem está se preparando para as comemorações de fim de ano.
A artesã Izabel Carneiro, que está neste ramo há 10 anos, já tem investido nos produtos temáticos. Para ela, essa é uma forma de aumentar suas vendas e atrair visitantes que tenham interesse por peças decorativas artesanais. Seus trabalhos incluem pinturas, gessos e cartonagens.
Ao seu lado, está a cunhada Roseli da Silva, que há pouco mais de 3 anos se dedica ao artesanato. Ela, que já foi bancária e atuou nos comércios da capital, decidiu mudar a rota para cuidar de sua mãe, que estava adoentada. Mesmo com a perda este ano, Roseli não abriu mão do seu recém-descoberto trabalho e segue se dedicando à arte de crochê e decorações de mesa.
“Este trabalho ajuda muito tanto mental quanto financeiramente, e hoje, as feiras são praticamente a minha renda”, destaca.
Gastronomia
Para a reportagem do Jornal Midiamax, Karina Zamboni, presidente da feira, explicou que atualmente, o maior atrativo dentro da feira são os expositores gastronômicos. Segundo ela, “o campo-grandense tem esse hábito de sair para comer e aproveita para comprar outros produtos na feira”. E pontua: “o maior índice de vendas de artesanato do estado é dessa feira”.
E pra quem gosta de descobrir novos pratos ou apreciar o que há de melhor na comida regional, as opções na feira são diversas.
Lá, encontramos o choripan, um sanduíche típico da Argentina e do Uruguai, com baguete tostada, linguiça grelhada e chimichurri fresco, tudo feito pelo empresário Alisson Pagnocelli. Ele, que vendia espetinhos há 10 anos na Vila Jacy, percebeu que existia ali, naquele sanduíche diferente, uma nova oportunidade de negócio.
“Fui vendo que a saída do choripan era muito bom, porque muitas pessoas ainda não conheciam. Então resolvi colocar no cardápio e expandir para outros locais da cidade”, explicou. Hoje, além da Feira Bosque da Paz, ele atende em um shopping da cidade e em diversos eventos.
Aguardando alguns amigos na fila do choripan, estava Elizabet Cioravant, de 68 anos. Para ela, “estar na feira é relembrar parte da sua juventude. As pessoas reunidas, as músicas e os artesanatos remetem às experiências que ela viveu no passado”.
“Um encontro e feiras como essa é muito bom. É um ambiente de família, pra passear… Não tem marcas internacionais. São todos produtos feitos com muito amor”, pontua ela.
Edição extra
E tem novidade! Segundo Karina, em dezembro, nos dias 9 e 10, deve acontecer a 1ª edição da Feira Bosque da Paz fora de Campo Grande. A cidade que receberá o projeto será São Gabriel do Oeste.
