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Cotidiano

Botão do pânico em escolas de MS pode ser acionado por aplicativo e resposta é de 6 minutos

Monitoramento de 255 escolas em tempo real vai custar R$ 1,4 milhão por mês
Karina Campos, Thalya Godoy -
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Vigilância acontece por 24 horas nas unidades de Ms (Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

A preocupação assola pais e responsáveis diante da onda de terror causada por ameaças de supostos ataques a escolas de Mato Grosso do Sul. O monitoramento em tempo real é uma das medidas colocadas em prática em 255 unidades de ensino, incluindo um aplicativo que pode ter o botão do pânico acionado por servidores, com tempo de resposta de 6 a 10 minutos. A previsão é que até o fim de abril 298 escolas recebam as câmeras de segurança.

Das 341 escolas estaduais, apenas 43 ainda não contam com o videomonitoramento, essas estão localizadas em área rural ou indígena. O gerente da empresa terceirizada INN Tecnologia, Vicente Lopes, explica que há um plano em elaboração para instalação nas defasadas, pois o principal problema é a estabilidade na conexão.

O plano do Governo do Estado, anunciado nesta quarta-feira (12), visa ampliar de 1.258 câmeras para 1,8 mil até o fim de abril. Cada unidade escolar conta de duas a oito câmeras, dependendo do tamanho estrutural de cada uma.

A empresa terceirizada tem contrato com o governo no valor de R$ 1,4 milhão por mês, somando no orçamento o trabalho de vigilância, manutenção do serviço e apoio técnico. Outro acréscimo no atendimento é o seguro, de objetos furtados, ou danos na estrutura que deixa uma escola vulnerável, Vicente exemplifica a manutenção de um portão danificado por vendaval.

Aplicativo tem várias funcionalidades (Foto: Nathália Alcântara)

Onde estão as câmeras

Atualmente, as câmeras estão instaladas internamente nas escolas, mas a expectativa é que equipamentos também sejam colocados nas entradas dos locais. A base de vídeo conta com 10 telões captando imagens em tempo real, por 24h, além de um mapa do Google Maps endereçando cada escola. Só em , entre 80 a 100 pessoas trabalham na vigilância, com funcionários trabalhando em escalas de 12 por 36 horas.

As câmeras estão no pátio, corredores e pontos estratégicos. Não há dentro das salas de aula para evitar o desconforto e dos alunos, apenas em algumas quando é decidido internamente. A decisão de manter filmagem a distância da sala também é uma medida para evitar o vazamento de imagens em caso de ataque hacker.

O Governo do Estado apresentou na quarta-feira (12) o Plano Emergencial de Segurança Escolar, quando foi implantado o Nise (Núcleo de Inteligência e Segurança Escolar). Uma sala será utilizada para casos mais graves de violência, envolvendo agentes de segurança pública e social, como um policial militar e uma psicóloga, que serão acionados para lidar com situações mais complexas.

(Foto: Nathália Alcântara)

Botão do pânico

O botão do pânico é uma das medidas para acionar as autoridades em situações de emergência. Vicente reforça que o acionamento pode ser feito por poucos cliques no aplicativo da empresa. Qualquer servidor cadastrado previamente pode ter acesso ao aplicativo.

A empresa tem 15 anos de atuação em segurança escolar, em três estados do Brasil, sendo MS pioneiro na implantação do videomonitoramento. O fundador é israelita, especialista em esquemas de segurança em guerra.

O tempo de resposta para chegada de uma equipe varia entre 6 e 10 minutos. Embora a rapidez, Vicente relata que o Estado tem um perfil tranquilo em questão da violência escolar. A maioria dos acionamentos é para manutenção, furto e ocorrências de baixa gravidade. No mês de março, foram registrados 7 mil atendimentos, que incluem visitadas técnicas e outros serviços. A média em ocorrências varia entre 6 e 7 por mês, todas de baixa gravidade.

Todavia, em casos de violência nas escolas, o Nise deverá ser acionado, sempre contando com uma equipe da Polícia Militar. Em Campo Grande, seis bases estão de prontidão, próximas de todas as regiões da cidade.

Investimento de R$ 150 milhões para segurança

Recentemente, o Ministério da anunciou o investimento de R$ 150 milhões voltado para segurança escolar. O Nise será responsável por apresentar ideias de implantação em Mato Grosso do Sul.
Entre algumas soluções já visadas, estão a instalação de câmeras nas ruas e viaturas para agilizar a chegada até uma escola.

“Ainda não há previsão de quanto o Estado deve receber, pode variar de R$ 500 mil a R$ 3 milhões. Como o nível de ocorrências no Estado é de baixa gravidade e não é uma região populosa, acredito que não chegue ao valor máximo, vão avaliar o nível de segurança”, explica Vicente.

As unidades municipais de Campo Grande podem receber o videomonitoramento, pois a prefeitura sinaliza o interesse na contração do serviço especializado. Houve uma conversa interna entre a INN Tecnologia com expectativa das 99 escolas da Capital. Ainda não há datas ou valores, já que o serviço está em fase de estudo.

Pais devem transmitir calma e segurança aos filhos

Desde o episódio da semana passada em Blumenau, mensagens de ameaça às escolas têm sido amplamente compartilhadas nas redes sociais. A situação tem gerado verdadeiro pânico em pais e responsáveis, que inclusive têm afastado as crianças da escola.

A psicóloga Luisa Freire, especialista em tecnologia, risco e juventude, analisa a situação e orienta que apesar do medo, pais e responsáveis mantenham a calma e conversem com seus filhos.

“É uma situação de terror em que os pais estão assustados, com razão. Mas acredito que no momento é importante que haja uma conversa com os filhos, se fale sobre os cuidados, medos, mas não entre em pânico. Filhos precisam se sentir seguros e essa segurança vem dos pais”, conta a psicóloga.

Outro tema oportuno, segundo ela, é abordar a cidadania digital, as Fake News e a ética que todos devemos ter na . “As Fake News são uma realidade, não podemos negar e também a forma como nos comportamos na internet influencia, isso é preciso ser conversado com as crianças”. Confira mais orientações da psicóloga nesta reportagem.

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