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Cotidiano

Caos na saúde: avó espera seis horas por atendimento para neta em UPA de Campo Grande

O cenário não é novidade, já que há semanas a cena se repete em unidades de saúde de Campo Grande
Priscilla Peres -
Unidade lotada nesta segunda-feira. (Foto: Fala Povo)

Em meio a surto de doenças em crianças, a situação nas unidades de saúde de continua caótica. O cenário das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) nesta segunda-feira (27) é o mesmo dos últimos dias: muitas crianças doentes e dezenas de pessoas esperando horas e horas por atendimento.

Avó de uma criança de 1 ano e oito meses aguarda há mais de seis horas por atendimento na UPA Leblon. Ela conta que chegou à unidade com a criança por volta das 8h e por volta das 14h30 ainda não havia sido atendida. “Deram a ficha como prioridade. Mas qual prioridade? Morrer primeiro?”, questiona ela, com a criança que além de febre alta, está apática.

Outra pessoa, também na UPA Leblon relata que a unidade está lotada e com médico chamando a cada 30 minutos. “Estou aqui há quase duas horas, mas tem gente há muito mais tempo. Dá dó de ver as mães e pais aqui”.

Na tarde desta segunda-feira (27), também há relatos de unidade lotada e muito tempo de espera na UPA Coophavila II. No posto de saúde do bairro Tiradentes, pacientes também reclamam de muita demora no atendimento e superlotação.

Surto de doenças em crianças

Campo Grande vive um ‘surto’ de doenças em crianças, que fez a demanda aumentar 30% nas unidades de saúde pública nas últimas semanas. Mas o cenário é parecido em hospitais particulares, que também vivem dias de superlotação, principalmente na área pediátrica.

Na Cassems, o atual surto de doenças fez com que as internações triplicassem no hospital. O diretor Clínico do Hospital Cassems, Marcos Bonilha, explica que a demanda por atendimento pediátrico aumentou em torno de 40% e mesmo com as equipes do PS “otimizadas ao máximo” a espera por atendimento chega a quatro horas.

Prefeitura diz estar reforçando equipes

Diante da situação caótica, a prefeitura de Campo Grande diz estar reforçando o quadro clínico das unidades com a convocação de novos profissionais aprovados em concurso e em processo simplificado. Dessa forma, teria convocado quase 400 profissionais nos últimos dias.

“Somente nos últimos 45 dias foram convocados 32 enfermeiros, 60 técnicos de e 228 para reforçar o atendimento nas unidades. Inclusive, nesta quarta-feira (22), mais 68 médicos de diferentes áreas de atuação e especialidades foram convocados”, diz a nota, sem detalhar se tais profissionais já estão atuando no atendimento aos pacientes.

A reforça que as UPAs e CRSs (Centros Regionais de Saúde) concentram pacientes nas enfermarias que ficam em observação aguardando transferência para um hospital e precisam ser assistidos pelos profissionais que se revezam entre o atendimento “interno” e “externo”, ou seja, entre os pacientes que estão em observação e os do saguão, o que pode incorrer numa falsa impressão de que não há atendimento. 

Recomendação é ir primeiro à atenção primária

A prefeitura defende que 60% dos pacientes que procuram as UPAs e CRSs poderiam ser atendidos na Atenção Primária e, na maioria das vezes, acabam esperando até 4h para serem atendidos na urgência.

“A orientação é para que pacientes que não apresentem patologias mais graves, como parada cardiorrespiratória, sintomas de infarto, AVC, falta de ar intensa, intoxicação, suspeita de fratura, queimaduras, entre outros, procure as unidade básicas e de saúde da família mais próxima da sua casa”, diz a Sesau.

De acordo com eles, dessa forma é possível evitar transtornos por conta da longa espera. “As UBSs e USFs estão aptas a realizar consultas de rotina, dor de garganta, dor de cabeça, dor de ouvido, febre, vômito e diarreia, injeções curativos, retirada de pontos, troca de sondas e renovação de receitas”.

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