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Cotidiano

Epidemia dupla: dengue e surto respiratório aumentam em 600% atendimentos na saúde de Sidrolândia

Secretaria de Saúde afirma operar em capacidade máxima e tem registro de dois óbitos de crianças em hospital
Nathália Rabelo -
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Casos de UPAs lotadas são frequentes em Campo Grande. (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

vive semanas preocupantes com a alta incidência de contaminação por influenza, e dengue. Não é à toa que os municípios operam no limite da capacidade nos leitos pediátricos, especialmente em , cidade considerada com o quadro mais crítico. A 68 quilômetros da Capital, também sente os reflexos do surto de doenças respiratórias e registrou aumento de 600% dos atendimentos de sintomas respiratórios nas unidades de saúde.

A Semsp (Secretaria Municipal de Saúde Pública) de Sidrolândia informou ao Jornal Midiamax que houve aumento expressivo nos últimos 30 dias de atendimento de doenças respiratórias agudas. Além disso, define a situação como uma ‘epidemia dupla’ e que município está enfrentando “aumento fora do esperado de pessoas contaminadas por um agravo em determinada localidade, que se espalha ou ataca com rapidez um grande número de pessoas”.

Capacidade máxima devido à epidemia

No mês de março, as 12 Unidades de Atenção Primária de Saúde de Sidrolândia totalizaram um aumento de 600% dos atendimentos de pacientes sintomáticos respiratórios comparado ao mês de fevereiro. Assim, município trabalha com capacidade máxima de atendimentos no enfrentamento de epidemia dupla, ou seja, pacientes com dengue e sintomáticos respiratórios.

“Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) passamos de uma média de 20 atendimentos diários para 50 atendimentos, portanto, um aumento de 150% na média diária de atendimento”, ressalta a secretaria.

Na Clínica da Família, o atendimento médico pediátrico igualmente apresentou aumento expressivo de 200% no mês de março.

Dois óbitos de crianças

Ainda conforme informações da Semsp, o principal público acometido pelas doenças são crianças menores de 5 anos. No entanto, há maior gravidade do quadro em crianças menores de 6 meses (lactantes) levando à e menores de dois anos.

“O Vírus Sincicial Respiratório é responsável por 75% das Bronquiolites e 40% das pneumonias, que contribui para a mortalidade Infantil”.

Por lá, o Hospital Elmíria Silvério Barbosa é referência no atendimento. Durante surto que assola o município, foram registrados dois óbitos de crianças no local. Além disso, unidade opera com 100% dos leitos pediátricos ocupados. Atualmente, duas crianças aguardam vaga para alta complexidade.

“Houve dois óbitos infantis no hospital, sendo um residente de Sidrolândia com 4 meses de nascido, e o outro residente do município de Campo Grande com 19 dias de idade que veio a procura de internação por Campo Grande não dispor de leitos”, informa.

Diante da situação do Estado, o Governo de Mato Grosso do Sul adotou pacote de medidas emergenciais para conter surto de doenças.

SES-MS oferece incentivo financeiro aos municípios

Os municípios operarem acima de 85% da capacidade dos leitos pediátricos, dessa forma, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) publicou medidas que compõem um ‘pacotão’ de incentivos financeiros às cidades, com objetivo de conter o avanço das doenças e desafogar as unidades de saúde.

Ao menos cinco resoluções foram aprovadas, até agora, pela gestão de saúde estadual. Dentre elas, destacam-se: Programa Estadual de Enfrentamento às Arboviroses e Sazonalidade de Vírus Respiratórios; Incentivo de Custeio para o enfrentamento as Arboviroses e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG); e Programa Saúde na Hora, além de custeios temporários para ajudar as Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

Além disso, custeios preveem repasses milionários para ajudar a saúde pública das cidades. Confira detalhes das medidas emergenciais e temporárias adotadas pelo Estado nesta reportagem do Jornal Midiamax.

Medidas de segurança recomendadas

Diante da situação, a Secretaria Municipal de Saúde Pública de Sidrolândia recomenda as seguintes medidas de segurança:

  • Evitar o contato com pessoas sintomáticas;
  • Realizar a higienização correta das mãos;
  • Evitar lugares com aglomeração de pessoas, principalmente crianças menores de 5 anos;
  • Evitar exposição passiva ao fumo dos pais e familiares;
  • Uso de máscara pelos profissionais de saúde nas unidades de saúde;
  • Vacinar contra a Influenza crianças a partir dos 6 meses de vida até 2 anos de acordo com o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde;
  • Não enviar crianças com sintomas para escola, creche.

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