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Cotidiano

Sem transporte público, moradores fazem fila por mototáxis e preço por corrida em apps disparam

Encontrar carros nos pontos de táxis também foi tarefa difícil para os moradores em Campo Grande
Ranziel Oliveira, Mariane Chianezi -
mototaxi centro de Campo Grande (Nathalia Alcântara, Midiamax

Em dia atípico para os trabalhadores que precisam do transporte coletivo, voltar para casa é verdadeiro desafio nesta quarta-feira (19), em . Com a paralisação dos motoristas do Consórcio Guaicurus, os moradores precisaram buscar alternativas para voltar para casa, fazendo táxis se esgotarem nos pontos do Centro e filas para corridas em mototáxis.

Para os trabalhadores que dependem dos , o dinheiro forçado a usar nesta quarta vai fazer falta. Ruth Fernandes estava esperando em fila para mototáxi e lamentou os valores gastos inesperados do dia.

“Eu trabalho perto do horto e uso só ônibus todo dia. Eu moro no Nova Lima e gastei R$b 23 de manhça para vim, agora estou esperando faz 15 minutos, vai ser bem mais. Era o dinheiro que tinha para comprar a mistura, agora vou gastar com mototáxi”, afirmou.

Rafael Pereira, de 22 anos, é acadêmico de jornalismo e disse que as corridas de aplicativos praticamente dobraram os valores nesta tarde. “Eu sou acostumado a ir trabalhar de , ônibus é mais para e ir pagar contas. Mas nessa situação específica está mais carro”, disse.

Ele explicou que foi de aplicativo, demoraram 25 minutos para aceitarem a corrida e pagou R$ 13. Na volta ele relatou que estava R$ 27. Enquanto a reportagem estava no local entrevistando o rapaz, demorou 15 minutos para aceitarem.

Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax

Dorivan Peltin, 52 anos, afirmou que não tem alternativa ao não ser pagar para ir embora. “Fui em dois pontos de táxis, não tem carro. Agora estou na fila esperando por mototaxi. Eu trabalho como cortador de grama e moro no Ana Maria do Couto e gastei R$ 20 para vir, mas não tem opção, vou embora a pé?”, disse.

Preços em apps disparam

Para quem foi apenas resolver algo no Centro, foi uma surpresa saber que não tinha ônibus. Adrian Urbieta, 35 anos, disse que pretendia voltar para casa no transporte coletivo. “Vou de mototaxi se tiver. O Uber está R$ 35, não vai ter jeito. Estou procurando, mas até agora ninguém aceitou”, disse o morador do Paulo Coelho Machado.

Com a demanda duplamente alta nas plataformas de corridas, o valor para carona do entro para um bairro da região da Lagoa chegou a R$ 50. O mesmo trecho, em dias ‘normais’, sai a R$ 19 nos aplicativos.

Com cupom de desconto adquirido na Uber, por exemplo, corrida que chegou a R$ 53, o desconto foi de R$ 4,60 no valor.

Imagem: reprodução

Greve no transporte coletivo

Motoristas do transporte coletivo paralisaram o serviço nesta quarta-feira após encerrar o prazo para renegociação salarial com o Consórcio Guaicurus.

Na semana passada, o sindicato foi informado que o Consórcio Guaicurus não se reuniria mais com a categoria para rodada de negociação. Em dezembro, a empresa ofereceu reajuste salarial de 6,5% aos trabalhadores, no entanto, deixou de lado outros benefícios.

Nenhum dos veículos do transporte coletivo da Capital saiu da garagem e cerca de 1.500 trabalhadores estão na garagem da Jaguar Transportes Urbanos, onde farão assembleia.

Os ônibus do transporte coletivo de Campo Grande devem voltar às ruas na próxima quinta-feira (19), segundo o sindicato. A paralisação desta quarta-feira está ligada à reivindicação de reajuste salarial de 16% da categoria. A negociação vem desde dezembro do ano passado.

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