Nesta quinta-feira (18), o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul começou a flexibilizar as restrições adotadas na segunda-feira (15), que suspenderam cirurgias eletivas e limitaram visitas aos pacientes internados.
Em nota, o hospital afirma que retomou os três horários de visitação para o CTI (Centro de Terapia Intensiva), sendo às 11h, 17h e 20h. Segue limitado a um visitante por paciente e o retorno das cirurgias eletivas ocorre na segunda-feira (22).
O Hospital Regional alegou aumento no número de colaboradores apresentando atestado médico para adoção das medidas, incluindo o uso de máscaras de proteção fácil. Em entrevista exclusiva ao Jornal Midiamax, a secretária adjunta da Secretaria de Estado de Saúde, Christinne Maymonne, confirmou que foram detectados 24 casos de Covid-19 dentro do hospital.
As medidas buscaram reduzir a movimentação de pessoas dentro da instituição, que estão sendo retomadas gradativamente. Apesar da suspensão das cirurgias eletivas, a instituição afirma que segue atendendo casos de urgência e emergência normalmente.
Déficit de profissionais é problema crônico
Superintendente Estadual do Ministério da Saúde em Mato Grosso do Sul, o médico Ronaldo de Souza Costa afirma que viu com preocupação a nota do Hospital Regional, principalmente por se tratar de um possível surto de Covid-19.
“Se houvesse um surto de Covid-19, o protocolo seria isolar o hospital, testar todos os pacientes e profissionais e adotar um plano de contingenciamento. Mas pelo que vi nada disso foi feito, aliado a isso, o Regional tem um problema crônico de déficit de profissionais e janeiro é época de férias”, contesta o superintendente.
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de MS, Ricardo Bueno reforça a teoria de falta de profissionais. “O número de atestados não é justificativa, se estivesse com o quadro completo de funcionários isso não seria problema. O hospital tem atualmente menos de 10 casos de Covid-19”, afirma ele.
O Conselho Regional de Enfermagem foi procurado e disse que não poderia se manifestar sobre o caso, nem mesmo sobre a situação da classe da enfermagem no hospital.
Também questionada pela reportagem, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou que acompanha a situação do hospital. A comunicação do Governo de MS, também questionada a respeito de possível surto de Covid no HRMS, informou que não há recomendações extras a serem adotadas pelo Estado.
