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Cotidiano

Grupo que ergueu barraco sob torre de alta tensão recusou acolhimento, diz SAS

Os moradores afirmaram à equipe de reportagem que ouvem até os barulhos gerados pela carga de alta tensão
Layane Costa -
(Madu Livramento/Jornal Midiamax)

Grupo que ergueu sob torre de fios de alta tensão na Avenida João Arinos teriam recusado acolhimento oferecido pela SAS (Secretaria Municipal de ), conforme informou a Prefeitura de .

O grupo foi notado durante ronda após a tempestade que caiu sobre a Capital na última semana e virou reportagem do Jornal Midiamax .

No dia chuvoso, os moradores afirmaram à equipe de reportagem que ouvem até os barulhos gerados quando a carga de alta tensão está chegando. “A gente sabe quando está vindo a carga, faz um ‘vum vum’ na torre. Mas não dá problema não”, afirmou uma das moradoras, Laura Cristina, de 45 anos.

Ao questionar sobre o motivo de estarem morando ali, correndo diversos riscos, o namorado de Laura, de 42 anos, disse a equipe que foi morar ali porque ‘envergou’ a família.

“Tenho filhos, minha mãe é missionária, mas vivo aqui porque não me querem por lá. E eu também não quero ter a vida que querem para mim. A torre funciona, sim, mas eu tenho conhecimento, não dá problema”, comentou.

Torre de servidão de 138 mil volts

Sandro Bagui, coordenador do departamento de Manutenção e Transmissão da Energisa, detalhou que na área onde a família está, fica uma torre de servidão de 138 mil volts. “Essas torres na cidade, em geral, são feitas na área urbana de forma que não haja nenhuma edificação próxima. Então, a notícia de que pessoas estão habitando ali é algo urgente a se resolver. Pode haver alguma descarga atmosférica, cair algum fio e eles serem atingidos por 138 mil volts”, pontuou.

O que diz a prefeitura sobre o caso

O Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para relatar a situação da ‘família’, de seis pessoas.

A (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) alegou que a situação se repete em outras tentativas de invasão na mesma área. Entretanto, equipes da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), junto à Emha, estiveram realizando abordagens, mas o grupo se recusou a deixar o local. Além disso, foram informados sobre o risco da área.

Ainda, um trabalho multidisciplinar da equipe técnica entre educadores, psicólogos e assistentes sociais em trabalho integrado entre todas as proteções da rede de assistência social a fim de sensibilizar e atender as famílias em vulnerabilidade, foram oferecidos.

Confira a nota na integra:

A Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha) informa que a situação em questão se repete a outras tentativas de invasão naquela mesma área. Equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social acompanha junto à Emha a situação, e realizam abordagens no local, inclusive recentemente, nos dias 9 e 10 de outubro (quarta e quinta-feira), na tentativa de realizar o acolhimento aquelas pessoas, principalmente, explicando se tratar de área de risco, porém, em ambas visitas o grupo se recusa a deixar o local. A Emha trabalha com ocupações consolidadas, e, nesse caso específico, enquanto aguarda estudos de viabilidade de realocação, se colocou à disposição por meio do setor social da agência, para atendimento dentro dos programas existentes.

O serviço de abordagem social da SAS informa que atua com ações além de acolhimento e, neste caso, oferecendo o trabalho multidisciplinar da equipe técnica entre educadores, psicólogos e assistentes sociais em trabalho integrado entre todas as proteções da rede de assistência social a fim de sensibilizar e atender as famílias em vulnerabilidade.

A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria de Assistência Social (SAS) realiza um trabalho diário de abordagem à população em situação de rua nas sete regiões da Capital. O município conta com o Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), no período de fortes chuvas ou frio, as abordagens são intensificadas, os técnicos monitoram os serviços de meteorologia para fortalecer e reforçar a busca ativa e oferta de acolhimento.

Através das equipes da SAS, as famílias são encaminhadas para o Cras mais próximo da região para ser verificada a situação cadastral junto ao Cadastro Único, que é a porta de entrada para os benefícios do governo federal. Além disso, existe o benefício eventual que atende em caráter de urgência e amparo com cestas básicas, cobertores e colchões.

Existe também o Centro POP, equipamento disponibilizado como ponto de apoio para as pessoas em situação de rua, onde é possível realizar alimentação, higienização, emissão de documentação e acompanhamento psico jurídico social, bem como, encaminhamento às Comunidades Terapêuticas e unidades de acolhimento institucionais. A unidade fica localizada na rua Joel Dibo, 255, centro, em média São realizados 200 atendimentos por dia.

O Serviço do SEAS é realizado 24 horas, ininterruptamente, inclusive aos finais de semana. As abordagens são intensificadas na região central, viadutos, pontes, entroncamentos, praças e regiões onde há concentração maior dessa população.

A Secretaria de Assistência Social ressalta que os usuários que aceitam o acolhimento são levados para uma das quatro unidades da Rede de Assistência Social. Enquanto política de Assistência Social, os serviços voltados para esse público visam, o atendimento das suas necessidades básicas, acolhida especializada, escuta qualificada, dormitórios, alimentação, higiene pessoal, dentre outros.

Além da busca ativa, as equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) atendem às denúncias realizadas pela população por meio dos celulares (67) 99660-6539 e 99660-1469.

De acordo com a Política de Assistência Social, as equipes da SAS fazem a oferta dos serviços às pessoas em situação de rua, que têm por opção aceitar ou não os serviços da Rede. As recusas de atendimento são um direito garantido pela Constituição Federal de 1988, em seu Art. 5º, Inciso XV“.

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