A busca por atendimento específicos da saúde masculina tem ocorrido quando os pacientes estão cada vez mais jovens em Campo Grande. A percepção é do médico urologista Bruno da Rosa de Almeida, da Unimed Campo Grande, que atribui o fenômeno a maior disseminação de informação.
Esse é, a propósito, um dos objetivos da campanha Novembro Azul, que dedica este mês à conscientização de homens quanto a própria saúde.
Os dados nacionais do SUS (Sistema Único de Saúde) reforçam a percepção. Isso porque o número de atendimentos ambulatoriais masculinos no país em 2016 foi de 529,4 milhões, enquanto em 2023 alcançou o marco de 896 milhões de consultas. Somente no primeiro semestre deste ano, a propósito, os atendimentos já superaram 2016 e contabilizaram 661,8 milhões no país.
Conforme o especialista, além de chegarem mais informados aos consultórios, pacientes são cada vez mais jovens, mas o motivo que os leva ao atendimento é diverso, embora algumas situações clínicas sejam recorrentes em determinados grupos etários.
“Quando abrimos as portas sabemos que virão casos diferentes, mas alguns são recorrentes, como check-up para a próstata, mais comum em pacientes com mais de 50 anos. Mas, dependendo da idade, aparecem queixas como de disfunção sexual, ejaculação precoce e também pedras nos rins”, detalha Almeida.
Segundo o especialista, além de mais jovens, pacientes também estão cada vez mais esclarecidos “tanto em relação às doenças, como também na decisão de se tratar”, pontua. “O perfil mais jovem é interessante, porque eles desmamavam dos pediatras e não sabiam aonde ir. Mas, tem acontecido cada vez mais uma procura desde cedo”, completa. “Atribuo isso ao maior esclarecimento e a uma quebra de preconceitos”, opina.
Check-up anual
O médico urologista alerta que os cuidados com a saúde masculina transcendem as doenças prostáticas e reforça que as visitas a especialistas sejam feitas com regularidade e cada vez mais cedo. “Conforme os anos passam, esses homens precisam procurar o médico de forma periódica, tal qual as mulheres já fazem, sem necessidade de uma demanda específica, até para que tratamentos sejam feitos antes da ‘corda estourar'”, reforça,
Almeida recomenda que pacientes adotem a prática de um checklist básico anual, com data fixa, para check-up na área urológica e cardiológica, ou conforme a demanda do paciente.
“Uma forma de otimizar é ter um médico já instituído com esse paciente, que aí ele tem uma série de exames específicos que otimizam o tempo, que sabemos que cada vez é mais curto. Prepare-se para essa rotina, é importante. Você perde um pouquinho de tempo no seu dia a dia, porém lá na frente certamente isso vai ser ganho e você terá uma evolução cada vez melhor da sua saúde”, finaliza.
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