Dias chuvosos são considerados sinônimos de “pesadelo” para moradores da conhecida Comunidade Homex, em Campo Grande. O grande volume de água do fim de semana deixa as ruas de chão intransitáveis, com lama e poças gigantes de barro.
Uma dona de casa, de 44 anos, mora na região há sete anos na região. A rotina é desafiadora em dias chuvosos, como conseguir passar com o carro ou a pé. “É linha de ônibus, então, é muito difícil, tem muito barro. Bastante carro atola e a gente tem que ajudar”.
Segundo a vizinha de um dos trechos alagados, a associação de moradores teria buscado um reparo da prefeitura há dois anos, contudo, sem retornos.
“Disseram que estavam esperando a chuva passar, mas isso faz uns dois anos. Toda chuva é assim. Nesse período de dezembro e janeiro, a gente sabe que chove muito. Pagamos impostos, paga tudo e não tem benefício no bairro. A gente precisa muito que a linha de ônibus, pelo menos, tenha reparo. O pessoal precisa sair para trabalhar, a criança precisa ir para a escola e tá esse lamaçal”.
‘Um rio’
Para uma comerciante, de 24 anos, a frase que reflete o cenário da região é “parece um rio”. A rua do comércio também é rota do coletivo do bairro.
“Enche de água, inunda tudo, é um transtorno para os moradores. É bem pior para as ruas mais baixas do bairro. Os ônibus atolam quase sempre”, descreve.
Em nota, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) reforça que realiza manutenção periódica das vias não pavimentadas, incluindo a região da Homex. “As equipes atuam com serviços de patrolamento e cascalhamento para melhorar as condições de tráfego. No entanto, em períodos de chuvas intensas e frequentes, a execução de reparos emergenciais se torna mais difícil, especialmente quando o solo está encharcado”.
A Sisep ainda relatou que está monitorando a situação e, assim que o tempo permitir, as equipes retornarão à região para realizar os reparos necessários.
*Material atualizado às 11h de segunda-feira (16) para acréscimo da nota da Sisep.
