Pular para o conteúdo
Cotidiano

Santa Casa de Campo Grande enfrenta superlotação crítica e riscos à assistência

Profissionais relatam desafios enfrentados no cotidiano diante da superlotação, como jornadas extenuantes e aumento dos riscos para pacientes
Osvaldo Sato -
Nesta tarde, área destinada aos pacientes menos urgentes, que possui 7 leitos, está com 47 pacientes (Foto: Reprodução)

A Santa Casa de , uma das principais unidades hospitalares da região, continua enfrentando uma situação de superlotação que ameaça a qualidade da assistência aos pacientes. Na tarde de quarta-feira (11), o hospital registrou um total de 84 pacientes no pronto-socorro, com unidades de atendimento já além de sua capacidade .

Atualmente, a Unidade de Decisão Clínica – Crítica (Área Vermelha), com capacidade contratual para apenas 6 leitos, conta com 16 pacientes internados, enquanto na Unidade de Decisão Clínica – Não Crítica (Área Verde), destinada aos pacientes menos urgentes e com 7 leitos, estão internados 47 pacientes. Essa situação coloca uma pressão imensa sobre a equipe de saúde, que já enfrenta desafios diários para garantir o atendimento de qualidade.

Jonathan, Supervisor de do Pronto-Socorro, destacou a sobrecarga da equipe de enfermagem. “Temos trabalhado com um número de colaboradores muito abaixo do necessário, o que tem levado a jornadas extenuantes, muitas vezes com horas extras que não conseguem suprir a alta demanda de pacientes. Isso é um grande risco, pois pode gerar desassistência e comprometer a qualidade do atendimento”, afirmou.

Nos últimos 30 dias, a equipe de enfermagem solicitou mais de 330 horas extras, um número expressivo que reflete a pressão sobre os profissionais de saúde. “Estamos trabalhando com a máxima dedicação, mas o número de horas extras e a escassez de recursos têm gerado um impacto negativo na rotina de trabalho e no atendimento aos pacientes”, complementou Jonathan.

Sobrecarga impede otimização dos serviços

A médica intensivista e gerente de inteligência e regulação hospitalar, Patrícia Berg, também se manifestou sobre a gravidade da situação. “Quando o hospital está superlotado, os riscos aumentam, principalmente em relação a eventos adversos. Mesmo com nossa estrutura de UTI e recursos diagnósticos, a sobrecarga impede que os pacientes acessem esses serviços de maneira otimizada”, explicou.

Ela ressaltou que a instituição atende pacientes com condições de alta complexidade, como politraumatizados e vítimas de acidente vascular cerebral (AVC), mas também recebe pacientes clínicos que podem ser atendidos em outras unidades de saúde. “Estamos tomando medidas para otimizar o fluxo de pacientes, incluindo transferências para outras instituições e agilizando as altas”, afirmou.

A Santa Casa tem se esforçado para lidar com a superlotação por meio de diversas ações, como o fortalecimento do núcleo interno de regulação, que busca acelerar as altas de pacientes e realizar transferências para hospitais com capacidade disponível. A coordenadora do Núcleo Interno, Vânia, está liderando os esforços para liberar leitos, especialmente para pacientes de outros municípios que aguardam transferência.

A situação também exige a colaboração da população. Dra. Berg pediu para a comunidade ter cautela, especialmente diante do aumento de traumas nesta época do ano. “Estamos enfrentando uma epidemia de traumas, com um aumento significativo de vítimas de acidentes de trânsito, quedas e acidentes de moto. Pedimos que a população tome cuidado e evite situações de risco, que podem aumentar ainda mais a pressão sobre o hospital”, concluiu.

💬 Receba notícias antes de todo mundo

Seja o primeiro a saber de tudo o que acontece nas cidades de Mato Grosso do Sul. São notícias em tempo real com informações detalhadas dos casos policiais, tempo em MS, trânsito, vagas de emprego e concursos, direitos do consumidor. Além disso, você fica por dentro das últimas novidades sobre política, transparência e escândalos.
📢 Participe da nossa comunidade no WhatsApp e acompanhe a cobertura jornalística mais completa e mais rápida de Mato Grosso do Sul.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
mae muito fa de volei filha 3 meses 2

‘Realizadíssima’ e muito fã de vôlei, mãe leva filha de 3 meses para não perder final da Supercopa no Guanandizão

Ovacionada, Tifanny Abreu comemora início de temporada com vitória em Campo Grande

Sônia Tissiani e sua sobrinha Silvia Roberta - (Foto: Julia Rodrigues)

‘Jogo fantástico’, opina Vovó do Crossfit sobre final femina da Supercopa de Vôlei

Do RJ e de Corumbá, influencers vibram pela Supercopa Feminina em Campo Grande

Notícias mais lidas agora

Sesi Bauru e Osasco São Cristóvão disputaram final feminina da Supercopa de Vôlei no Guanandizão

Osasco vence Supercopa de Vôlei por 3 sets a 0 contra Sesi Bauru no Guanandizão

presidentes funesp e federação de volei supercopa

‘Que seja a 1ª de muitas’: presidentes da Funesp e da Federação de Vôlei celebram Supercopa em Campo Grande

Medalhistas olímpicos na quadra e na tribuna: Yeltsin comemora final da Supercopa na Capital

Matheus Martins foi uniformizado para assistir final feminina da Supercopa no Guanandizão - (Foto: Julia Rodrigues)

Fã do Osasco foi ao Guanandizão ver Camila Brait antes da jogadora se aposentar

Últimas Notícias

Polícia

Crianças de 7 e 9 anos são encontradas sozinhas e mãe é conduzida para delegacia

Mãe alegou que deixou filhos em casa para que pudesse trabalhar

Sérgio Cruz - O dia na história

1903 – Morre Barros Cassal, teórico da divisão de Mato Grosso

Advogado foi vítima de hepatite aguda

Esportes

Técnico do Osasco, campeão da Supercopa, agradece Campo Grande: ‘dias maravilhosos’

Treinador da equipe de vôlei feminino do Osasco Voleibol Clube e é um dos maiores nomes da história do clube.

Esportes

Vice-campeã olímpica, Camila Brait comemora vencer a última Supercopa em Campo Grande

Brait é vice-campeã olímpica e tem 36 anos