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Cotidiano

Sem acordo, professores da UFMS decidem entrar em greve a partir de 1° de maio

A decisão ocorre após o Governo Federal apresentar uma nova proposta de acordo salarial
Lethycia Anjos -
Votação sobre a greve Adufms
Votação sobre a greve (Lethycia Anjos, Midiamax)

Em assembleia da Adufms (Associação dos Docentes) realizada nesta terça-feira (23), professores da (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) decidiram pela deflagração da no dia 1º de maio. A decisão ocorre após o Governo Federal apresentar uma nova proposta de acordo salarial.

A votação, realizada em formato híbrido, contou com a participação de docentes dos Campus de Campo Grande, (CPTL), (CPAQ) e Corumbá (CPan). Ao todo, foram 150 votos a favor da greve, 52 contra e duas abstenções.

Os professores reivindicam a recomposição salarial, ou seja, a correção do salário no nível da inflação. A lei prevê que essa correção seja anual, mas ela não ocorria desde 2017, representando uma perda salarial de cerca de 40%. Em 2023, houve um reajuste emergencial de 9%.

Proposta de reajuste

Na assembleia, o professor e candidato a reitoria, Marco Aurélio Stefanes, detalhou a proposta anunciada pelo Governo Federal na última sexta-feira (19), que prevê um reajuste entre 12,8%, para o primeiro nível da carreira, a 16,1%, para professores titulares.

“Em 2025 e 2026 houve uma alteração dessa proposta, de 9% em janeiro de 2025, e 3,5 em maio de 2026. Mantendo o auxílio de alimentação de 58%, auxílio-creche e auxílio de saúde que varia dependendo de algumas faixas”, explicou.

Além disso, o ministério da Gestão apresentou um reajuste nos steps, ou seja, nos aumentos concedidos com a progressão entre os diferentes níveis da carreira. O percentual atual é de 4,0% na progressão de professores das classes Adjunto e Associado. Com a proposta, o novo percentual será de 4,5%, contra os 5% solicitado pelo Andes (Sindicato Nacional dos Docentes).

Presidente da Adufms, Mariuza Guimarães, destaca que a proposta anterior previa reajuste dos benefícios em 2024, 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026. No entanto, a categoria argumenta que a proposta para este ano não atende aos aposentados. Os docentes defendem ainda que o reajuste de 9% até 2026 aprofundaria as perdas.

“Chegaríamos em 2027 com praticamente o mesmo índice de perda. A proposta é inadmissível, mesmo que nos tivéssemos um baixo índice de perda, nos já sairemos com perdas em torno de 12%”, disse.

Na nova proposta de reajuste e reestruturação, o Governo afirma que os aumentos salariais para os trabalhadores chegaria a 24,4% entre 2025 e 2026. Assim, atendendo a demanda das entidades.

“Considerando os 9% concedidos em 2023, os TAES terão reajustes variando de 23,0% a 35,6%, que superam a inflação esperada entre 2023 e 2026 e asseguram ganhos reais para os trabalhadores”, destaca a proposta.

O que muda com a deflagração de greve?

A paralisação das aulas depende de cada unidade e curso, mas nenhum docente/curso é obrigado a aderir à greve. Conforme nota enviada pelos centros acadêmicos aos estudantes da universidade, no decorrer da semana, sindicatos irão passar nas unidades para explicar sobre a adesão da greve e serviços essenciais como RU (Restaurante) e HU ( Universitário) também não irão paralisar.

Mariuza Guimarães, ressalta que após discutir as propostas do Governo Federal, o Andes orientou os docentes a realizarem assembleias durante essa semana para apresentar e debater a proposta divulgada na última sexta-feira (19).

“Até ontem, o dado atualizado indica 24 Universidades totalmente paralisadas. Temos mais oito universidades e institutos federais com perspectiva de entrada na greve a partir de maio e nós já temos um comando nacional de greve”, explicou.

Conforme a Adufms, atualmente, o que existe é um estado de greve, ou seja, ela pode ser iniciada a qualquer momento. O estado de greve se diferencia do indicativo de greve, que ocorre quando a paralisação definitiva tem uma data marcada, e da deflagração de greve, quando a paralisação é iniciada.

Greve dos técnicos-administrativos

Paralisação dos servidores (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Desde o dia 14 de março, servidores técnicos-administrativos da UFMS deliberaram pela adesão à paralisação nacional da categoria. Em Mato Grosso do Sul, a greve atinge diversos setores da universidade, enquanto a categoria reivindica melhores condições de trabalho.

A UFMS conta com mais de 1.700 técnicos-administrativos que desempenham diversas funções como vigilante, auxiliar administrativo, psicólogo, assistente social, físico, etc.

Os servidores também reivindicam o reajuste salarial, que, segundo eles, está defasado em relação a outros setores do funcionalismo federal. Em contrapartida, o governo propôs uma oferta de reajuste de 9%, parcelado em dois anos (2025 e 2026) sem reajuste em 2024.

Conforme o Sista-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação), a categoria pede reajuste de 10,5% em 2024, 10,5% em 2025 e outros 10,5% em 2026. As tratativas começaram em outubro de 2023. Em fevereiro deste ano, o Governo Federal enviou contraproposta de 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026.

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