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Cotidiano

Trecho da BR-163 onde seis morreram em acidente não é duplicado e tem o pedágio mais caro de MS

CCR MSVia assumiu concessão da rodovia com promessa de duplicação total, mas não cumpriu contrato
Fábio Oruê -
br-163
Acidente aconteceu no trecho próximo ao pedágio (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

A morte de seis pessoas em um trágico acidente na BR-163, entre Campo Grande e Anhanduí, na quarta-feira (10) reascende a discussão sobre a duplicação da rodovia, que há anos está apenas no papel.

Inclusive, o trecho do acidente, no km 429, tem o pedágio mais caro de Mato Grosso do Sul. De acordo com a tabela da CCR MSVia, empresa que tem a concessão da rodovia, o preço da taxa para automóveis, caminhonetes e furgões é de R$ 9,10, num trecho que sequer é duplicado.

O último reajuste, em agosto do ano passado, aumentou a taxa em 16,8%. Para fins de comparação, o trecho com pedágio mais em conta fica no início da rodovia, em , custando R$ 6 – mais de R$ 3 a menos que o situado em Campo Grande.

Ao todo, a CCR MSVia mantém nove pontos de pedágio em Mato Grosso do Sul e o valor cobrado no trecho do acidente que vitimou seis pessoas apenas se iguala ao ponto oito, em Rio Verde de MT.

O preço em trechos duplicados chegam a dobrar de valor, podendo chegar a R$ 54,60 para caminhões com reboque, caminhão-trator com semirreboque de seis eixos. Investimentos e duplicações de trechos críticos são cobrados há anos da CCR MSVia.

Pressão por duplicação

Inclusive, a pressão pelas obras fez empresa não cumprir o contrato e devolver a concessão. Entretanto, voltou atrás, mas um processo de relicitação já estava em andamento. A (Agência Nacional de Transportes Terrestres) planejou relicitar a rodovia em 2020, mas avaliou que a repactuação do contrato com a MSVia seria mais vantajosa.

A conclusão do processo aguarda a aprovação final do TCU (Tribunal de Contas da União). Segundo o CFO da CCR, Waldo Perez, o prazo para o grupo de trabalho criado pelo órgão dar uma resposta sobre o caso é de 90 a 120 dias.

Congestionamento quilométrico

Por conta do acidente envolvendo os quatro veículos, o km 429 ficou totalmente bloqueado para os trabalhos da perícia. Além disso, a carga de de uma das carretas ficou espalhada pela pista.

Desde o início da manhã, uma fila quilométrica de veículos começou a se formar nos dois sentidos. O congestionamento chegou a 12 km do local do acidente e durou cerca de 7 horas. A passagem só foi liberada em sistema pare e siga pela CCR no início da tarde.

Entretanto, a pista voltou a ser interditada novamente no final da tarde, mas sendo parcialmente liberada tempos depois. Se duplicado, o trecho não teria o congestionamento formado por conta do acidente.

Ultrapassagem indevida

Outro problema que poderia ser evitado caso a pista fosse duplicada está sendo apontado como a causa da tragédia. Motorista da carreta carregada com porcos seguia sentido Campo Grande e teria tentado uma ultrapassagem indevida.

Ele acabou colidindo com os outros veículos (caminhão de alimentos, carro de passeio e carreta de milho), que seguiam no sentido contrário. As causas e a dinâmica exata do acidente ainda estão sendo apuradas pela perícia.

A informação da possível ultrapassagem indevida foi dita pelo delegado Willian Rodrigues, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) , que atendeu à ocorrência.

Casal que morreu tinha viagem planejada havia 1 mês

O casal Fernanda e Daniel, que ocupada o Ônix, estava a caminho de Santa Catarina, viagem que foi planejada havia 1 mês.

Elvis Ajala, de 42 anos, cunhado de Fernanda, disse ao Jornal Midiamax que todos estavam a caminho da praia, e que Fernanda e o marido iriam acompanhá-los, ele e a mulher, que não conheciam a praia.

O ponto de encontro entre os casais seria um posto de combustível em Anhanduí. Elvis falou que saiu de e ficou na espera e quando Fernanda e o marido não chegaram ficou sem entender o que estava ocorrendo. Assim, ele pegou o carro e voltou na rodovia quando viu o acidente, “uma fatalidade”. 

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